Brasil registra mais de 60 mil assassinatos e Congresso aprova leis para combater a violência
Sete pessoas são assassinadas por hora no Brasil. É o que revela um levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que registrou 63.880 vítimas de homicídios em 2017, um número recorde de mortes violentas. O estudo também mostra que os casos de estupro chegaram a 60 mil em 2017. Para tentar reverter este cenário, o Congresso Nacional aprovou uma série de projetos na área de segurança pública que buscam combater a violência e a criminalidade. Entre eles, a criação do Ministério da Segurança Pública (Lei Nº 13.675/2018) e do Sistema Único de Segurança Pública (Lei Nº 13.675/ 2018).
Transcrição
LOC: O BRASIL REGISTROU QUASE 64 MIL ASSASSINATOS EM 2017. O NÚMERO REPRESENTA UM NOVO RECORDE HISTÓRICO DE MORTES VIOLENTAS.
LOC: PRA TENTAR REVERTER ESTE CENÁRIO, O CONGRESSO NACIONAL APROVOU NESTE ANO UMA SÉRIE DE NOVAS LEIS NA ÁREA DE SEGURANÇA PÚBLICA. REPÓRTER GEORGE CARDIM.
TÉC: Sete pessoas são assassinadas por hora no Brasil. É o que revela um levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que registrou 63.880 vítimas de homicídios em 2017. O número recorde de mortes violentas supera 30 homicídios a cada 100 mil habitantes. O anuário também mostra que alguns crimes registraram alta, como as mortes em ações policiais e os casos de estupro, que chegaram a 60 mil em 2017. Para tentar reverter este cenário, o Congresso Nacional aprovou uma série de projetos na área de segurança pública. Entre eles, a criação do Ministério da Segurança Pública, para coordenar e integrar as políticas de combate à violência e à criminalidade, em parceria com os estados. Os senadores também aprovaram a criação do Sistema Único de Segurança Pública, Susp, que busca integrar vários órgãos, como as polícias federal, civil, militar, rodoviária, bombeiros militares, guardas municipais e agentes penitenciários. Para receber dinheiro da União, os estados e municípios são obrigados a cumprir metas de redução da criminalidade. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, do MDB do Ceará, explicou que a criação do Susp foi uma das prioridades neste ano.
(EUNICIO OLIVEIRA) Então eu acho que nós precisamos fazer essa integração. Estamos imbuídos desse interesse. E esse debate aqui foi extremamente importante e fizemos um debate aberto, franco e transparente e acho que útil a todos nós, ao país e à população.
(Repórter) O plenário do Senado ainda aprovou e enviou para a sanção presidencial projeto que pune a divulgação de cenas de estupro, aumenta a pena por estupro coletivo e tipifica o crime de importunação sexual, que pode ser aplicado a atos cometidos em transporte público.