CAE debate perspectivas da economia com integrantes da Instituição Fiscal Independente
A Comissão de Assuntos Econômicos discutiu com integrantes da Instituição Fiscal Independente os cenários econômicos que o Brasil pode enfrentar daqui para a frente. A IFI alertou que o crescimento da economia pode cair de 2,3 para 1,3 por cento do PIB e o dólar saltar para 4,79 reais na próxima década caso o ajuste fiscal seja deixado de lado. José Medeiros (Pode-MT), elogiou o debate para o esclarecimento do País sobre a responsabilidade que políticos, em ano eleitoral, e gestores públicos devem ter com o dinheiro do contribuinte. A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DISCUTIU COM INTEGRANTES DA INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE OS CENÁRIOS ECONÔMICOS QUE O BRASIL PODE ENFRENTAR EM BREVE.
LOC: A IFI ALERTA QUE CRESCIMENTO DA ECONOMIA PODE CAIR DE 3 VÍRGULA 5 PARA 1 VÍRGULA 3 POR CENTO, E O DÓLAR SALTAR PARA 4 REAIS E 79 CENTAVOS NA PRÓXIMA DÉCADA, CASO O AJUSTE FISCAL SEJA DEIXADO DE LADO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
(Repórter) A Instituição Fiscal Independente funciona desde novembro de 2016 e assessora o Senado na tomada de decisões sobre matérias relacionadas à economia. O Diretor-Executivo da IFI, Felipe Salto, disse que a análise dos 16 relatórios publicados pela instituição permite dizer que o pior já passou. Mas que a recuperação econômica do País ainda é frágil. A IFI apresentou três cenários para o Brasil, que oscilam entre crescimento de um vírgula três a três e meio por cento e juro real de 3,1 a 5,7% ao ano na próxima década, e dólar entre 3,45 e 4,79 reais. A depender da continuidade do ajuste fiscal e da consequente redução da dívida pública, explicou Felipe Salto.
(Felipe Salto) O cenário 1 é o mais provável, o cenário 2 é o menos provável - que é o otimista - e o cenário 3, tá ali no meio, é o segundo mais provável. Porque a dependência do ajuste fiscal é muito grande, quer dizer, se nós não avançarmos no ajuste fiscal dispara-se o gatilho para avançar para esse cenário 3 que é o que a gente chama de cenário pessimista.
(Repórter) José Medeiros, do Podemos de Mato Grosso, elogiou o debate para o esclarecimento do País sobre a responsabilidade que políticos, em ano eleitoral, e gestores públicos devem ter com o dinheiro do contribuinte.
(José Medeiros) Eu acho que o grande ganho aqui dessa discussão é que nós estamos chegando amadurecendo no País de que, primeiro. Recursos são limitados. Segundo: nós precisamos começar a eleger prioridades e talvez nessas discussões a gente possa começar a construir um Parlamento - eu não vou chamar o Parlamento de irresponsável - mas mais atento aos projetos que vão fazer.
(Repórter) Essas audiências públicas com a IFI devem acontecer pelo menos duas vezes por ano, de acordo com projeto de resolução que aguarda votação no plenário do senado.
PRS 5/2018