Congresso deverá votar crédito extraordinário para evitar que o Brasil tenha nota rebaixada — Rádio Senado
Economia

Congresso deverá votar crédito extraordinário para evitar que o Brasil tenha nota rebaixada

O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), confirmou para quarta-feira a sessão do Congresso Nacional destinada à votação de um crédito extraordinário no valor de R$ 1,3 bilhão. O dinheiro é necessário para o pagamento de R$ 1,5 bilhão relacionados a empréstimos feitos pela Venezuela e Moçambique, que foram avalizados pelo Brasil junto ao BNDES e ao banco privado Credit Suisse. Os financiamentos foram de empreiteiras brasileiras que fizeram obras nesses países. Jucá lembrou que os empréstimos foram concedidos no governo petista e explicou que o Brasil corre o risco de ser rebaixado pelas agências de risco se não honrar a dívida.

26/04/2018, 17h05 - ATUALIZADO EM 26/04/2018, 17h05
Duração de áudio: 01:54
Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional destinada a deliberação do Veto 10/2018 e dos PLNs 3, 4 e 5 de 2018, que tratam de créditos suplementares. 

Mesa:
presidente do Senado Federal, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE); 
secretário-geral da Mesa do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho;
deputado Izalci Lucas (PSDB-DF).

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: TEMER APELA AO CONGRESSO QUE APROVE NO DIA 2 DE MAIO UM CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO DESTINADO A HONRAR COMPROMISSOS INTERNACIONAIS. LOC: VENEZUELA E MOÇAMBIQUE NÃO PAGARAM EMPRÉSTIMOS AVALIZADOS PELO BNDES NO VALOR DE UM BILHÃO E MEIO DE REAIS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: O líder do governo, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, confirmou para o dia 2 de maio uma sessão do Congresso Nacional destinada à votação de um crédito extraordinário no valor de R$ 1,3 bilhões. Os recursos serão repassados para o Fundo Garantidor de Exportações para pagar o BNDES e o banco privado Credit Suisse. O Brasil terá que honrar as dívidas de Moçambique e da Venezuela no valor de R$ 1,5 bilhão porque foi o fiador dos empréstimos. Os recursos teriam financiado empreiteiras brasileiras para a realização de obras de infraestrutura nos dois países. Entre as construtoras estão Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, investigadas na Lava Jato. Romero Jucá disse que o Brasil corre o risco de ser rebaixado caso não faça o pagamento. (Romero Jucá) Caso não honre o Brasil fica inadimplente perante o sistema financeiro internacional, o que é muito ruim. Então, temos que votar na próxima quarta-feira numa sessão do Congresso a suplementação desses recursos para o Fundo Garantidor. Então, é muito importante que haja a dotação para que o Brasil não fique inadimplente. (Repórter) Jucá espera que a oposição não crie dificuldades na aprovação do crédito extraordinário ao lembrar que os empréstimos foram concedidos no governo petista. (Romero Jucá) É importante que tenhamos a condição de ter o cumprimento das obrigações do Estado Brasileiro. Essa questão não é de governo. Esses débitos, inclusive, foram operações garantidas no governo anterior do PT. Portanto, estamos, na verdade, recebendo essa herança. E o governo brasileiro terá que honrar em nome do Estado. (Repórter) O Fundo Garantidor conta com R$ 200 milhões. O governo brasileiro tem até o dia 8 de maio para quitar a primeira parcela no valor de R$ 1 bilhão, o equivalente à parte devida pela Venezuela. Da Rádio Senado, HC.

Ao vivo
00:0000:00