Aliados responsabilizam deputados pela paralisia da agenda econômica
Ao destacar que o Senado aprovou projetos de segurança pública e da microeconomia, a líder do PMDB, senadora Simone Tebet (MS), argumentou que a agenda econômica do presidente Michel Temer está parada na Câmara dos Deputados. O líder da minoria, senador Humberto Costa (PT-PE), destacou que a oposição está disposta a votar projetos prioritários do Palácio do Planalto. Mas ponderou que a baixa popularidade de Temer repercute dentro da própria base aliada, que não toca a agenda prioritária. Já o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) avalia que nada mais importante deve ser votado até as eleições, quando o cenário político estará definido.
Transcrição
LOC: ALIADOS DE TEMER NÃO ACREDITAM NA VOTAÇÃO DE UMA AGENDA ECONÔMICA, AO CITAREM PARALISIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS.
LOC: OPOSIÇÃO DESTACA QUE O PALÁCIO DO PLANALTO SEQUER TEM BASE ALIADA PARA TOCAR UMA PAUTA MÍNIMA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN
TÉC: Ao desistir da votação da Reforma da Previdência no primeiro semestre, o presidente Michel Temer enviou em fevereiro ao Congresso Nacional uma pauta com 15 propostas na área econômica. A maioria já estava em discussão na Câmara dos Deputados ou no Senado. Entre elas, a reoneração da folha de pagamento e a privatização da Eletrobras. A líder do PMDB, senadora Simone Tebet, de Mato Grosso do Sul, afirmou que o Senado tem aprovado projetos na área da microeconomia e da segurança pública. Mas ponderou que os deputados ainda não votaram as prioridades do Palácio do Planalto.
(Simone Tebet) O grande impasse está e o problema está é que muitos projetos relevantes e importantes, que estão na Câmara dos Deputados, ainda não vieram para o Senado. Então, temos que aguardar a Câmara dos Deputados legislar para que o Senado, Casa revisora, possa fazer a sua parte.
(Repórter) O líder da minoria, senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, afirmou que a oposição está disposta a votar alguns itens da pauta econômica. Alertou, no entanto, que falta articulação da própria base aliada de Temer.
(Humberto Costa) Dificilmente, o governo vai conseguir aprovar qualquer tema que seja minimamente polêmico aqui no Congresso Nacional. Temer está profundamente fragilizado. Mesmo a sua base de sustentação com a aproximação da eleição vai cada vez mais minguando. Daí por que aquela agenda está condenada ao arquivo.
(Repórter) Já o senador Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, admitiu que o troca-troca partidário esvaziou o Congresso nas últimas semanas. Mas reconheceu que a baixa popularidade de Temer poderá dificultar a votação da agenda econômica.
(Cássio Cunha Lima) É decorrência também de toda essa instabilidade que o Brasil vive e das dificuldades que o próprio governo enfrenta. Eu particularmente não acredito que teremos uma agenda muito intensa nos próximos meses. O Brasil fica agora em compasso de espera para as eleições. (Repórter) Ainda na pauta econômica estão o fim do Fundo Soberano e a autonomia do Banco Central. Da RS, HC.