Comissão debate impactos da venda de distribuidoras de energia na Região Norte — Rádio Senado
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Comissão debate impactos da venda de distribuidoras de energia na Região Norte

A MP 814/2017 abre a possibilidade de o governo federal privatizar a Eletrobras. Além disso, permite a venda das distribuidoras públicas de energia elétrica que atendem a região Norte do País, como a Amazonas Energia e a Eletroacre. O impacto desses leilões para a população da Amazônia foi debatido nesta quarta-feira (4) na comissão mista que analisa a medida.

04/04/2018, 19h08 - ATUALIZADO EM 04/04/2018, 19h34
Duração de áudio: 01:56
Comissão Mista da Medida Provisória nº 814, de 2017, que trata sobre a privatização da Eletrobras, realiza audiência pública interativa para debater a MP. 

Mesa: 
diretor de Geração da Eletrobras, Antônio Varejão de Godoy; 
relator da CMMPV 814/2017, deputado Julio Lopes (PP-RJ); 
presidente da CMMPV 814/2017, senador Eduardo Braga (PMDB-AM); 
secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa; 
representante do Coletivo Nacional dos Elétricitários, Ikaro Chaves.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: PRIVATIZAR OU NÃO A ELETROBRAS E AS DISTRIBUIDORAS DE ENERGIA DA REGIÃO NORTE? LOC: ESSES FORAM OS QUESTIONAMENTOS DEBATIDOS NESTA QUARTA-FEIRA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO MISTA QUE ANALISA A EMEPÊ 814. REPÓRTER LARISSA BORTONI. TÉC: Além de autorizar a privatização da Eletrobras e de suas controladas, como Furnas e Chesf, a MP 814 de 2017 permite a venda das distribuidoras públicas de energia elétrica que atendem a região Norte do País. Entre elas, a Amazonas Energia e a Eletroacre. A grande pergunta é se é um bom negócio para a população passar para a iniciativa privada essas empresas que atuam na Amazônia. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado do Amazonas, Ediney da Silva Martins, não é. Ele argumentou que nas áreas onde já houve a privatização, a conta de luz ficou mais cara. (ESM) privatizar essas empresas que ainda não estão preparadas para o mercado no máximo em cinco anos o estado nacional vai ter que intervir, porque nós vamos ter, mais uma vez, o abandono da empresa. (LB) Mas para o presidente do Fórum de Associações do Setor Elétrico, Mario Menel da Cunha, não há saída fora a privatização. (MMC) O setor elétrico brasileiro tem um grau de crescimento grande e ele precisa de investimentos. (LB) O presidente da comissão que analisa a MP 814, senador Eduardo Braga, do PMDB amazonense, alertou para os riscos para a região norte que podem vir junto com a privatização. (EB) Exatamente no momento em que chega a vez da Amazônia nós queremos antes de tornar o setor elétrico com sua infraestrutura devidamente implementada estabelecer uma privatização que nós temos m uitas dúvidas sobre os mecanismos que teremos para financiar a implementação dessa infraestrutura. (LB) A medida provisória já recebeu 158 emendas. A MP 814 de 2017 perde a validade em primeiro de junho deste ano. Da Rádio Senado, Larissa Bortoni.

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