Venezuelanos em Roraima é tema de debate na CDH

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LOC: OS DESAFIOS DOS GOVERNOS ESTADUAL E MUNICIPAIS PARA ATENDER OS IMIGRANTES VENEZUELANOS QUE CHEGAM TODOS OS DIAS AO BRASIL FOI TEMA DE UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS. LOC: SAÚDE E SEGURANÇA SÃO OS PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS, COMO INFORMA A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: (Repórter) Milhares de imigrantes venezuelanos entraram no Brasil, e continuam entrando, principalmente por Pacaraima, em Roraima. O embaixador Tarcísio Costa, representante do Itamarati, observou que o fluxo migratório exige mais investimentos em infraestrutura, saúde, segurança e educação. E observou que compromissos internacionais do Brasil impedem que o país feche as fronteiras. (Tarcísio Costa) “Nós somos um povo formado por imigrantes. Conflitaria muito com nossa lógica da nossa formação uma atitude de repulsa, de expulsão, não apenas com a nossa tradição, mas com os nossos compromissos internacionais. (Repórter) Ao contrapor opiniões de que o Brasil está em crise e os investimentos devem ser destinados aos brasileiros, a representante da Cruz Vermelha, Carolina Soares, disse que as pessoas precisam de ajuda. (Carolina Soares “A principal missão da Cruz Vermelha é atenuar o sofrimento humano. Aí a gente vê esse povo sofrendo, essas pessoas precisando de ajuda, e aí não importa se é brasileiro, se não é”. (Repórter) Da mesma opinião, a presidente da Comissão de Direitos Humanos, senadora Regina Souza, do PT do Piauí, defende um olhar humanitário sobre a imigração de venezuelanos. ( Regina Souza) “Espero que o Brasil olhe para isso dessa forma: com os olhos dos direitos humanos. Espero que o Brasil não entre na aventura de olhar com o olhar político, por exemplo, que os Estados Unidos entram”. (Repórter) O senador Telmário Mota, do PTB de Roraima, que pediu o debate, disse que o governo federal tem ajudado. Mas, em sua avaliação, a situação exige mais ações e investimentos, especialmente em saúde e educação. (Telmário Mota) “Que o governo Federal tenha esse olhar humanitário com o estado mais pobre da federação. E com certa rapidez porque o caso exige emergência. Roraima grita por socorro em todos os aspectos”. Também participaram da audiência pública o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato, e representantes do Ministério dos Direitos Humanos, da Federação Humanitária Internacional, do Conselho Nacional de Imigração, das Nações Unidas para Refugiados e do Ministério da Saúde.