Alertas de senadores não impediram avanço da febre amarela
Nos próximos dias cerca de 20 milhões de brasileiros serão vacinados contra a febre amarela. Novos casos da doença vêm sendo registrados apesar de vários senadores terem chamado a atenção para o problema em 2017. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2017 aconteceu o maior surto da doença no país desde 1980. Ainda no início do ano passado, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) defendeu o empenho dos poderes públicos, das três esferas de governo, na realização de campanhas de vacinação e de combate ao mosquito transmissor da doença. O senador Eduardo Amorim (PSDB-SE), que é médico, também protestou contra a falta de iniciativas para combater a volta de uma doença conhecida no Brasil desde o século 17.
Transcrição
LOC: NOS PRÓXIMOS DIAS CERCA DE VINTE MILHÕES DE BRASILEIROS SERÃO VACINADOS CONTRA A FEBRE AMARELA.
LOC: NOVOS CASOS DA DOENÇA VEM SENDO REGISTRADOS APESAR DE VÁRIOS SENADORES TEREM CHAMADO A ATENÇÃO PARA O PROBLEMA EM 2017. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
TÉC: De dezembro de 2016 a junho do ano passado, foram confirmados 777 casos e 261 mortes por febre amarela no país. O Ministério da Saúde declarou oficialmente o fim do surto em setembro, mas novos casos apareceram entre o fim de 2017 e o início deste ano. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia já marcaram o início das campanhas de vacinação contra a febre amarela para fevereiro. Uma alternativa que os governos encontraram para imunizar quase 20 milhões de brasileiros foi o fracionamento das vacinas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em 2017 aconteceu o maior surto da doença no país desde 1980. Ainda no início do ano passado, o Senador Antônio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, defendeu a urgência de campanhas preventivas contra a doença:
(Anastasia) Os poderes públicos das três esferas têm que fazer de maneira muito veemente os processos de vacinação, de profilaxia do mosquito, de acompanhamento.
(Rep) Naquela época, o senador Eduardo Amorim, do PSDB de Sergipe, que é médico, também protestou contra a falta de iniciativas para combater a volta de uma doença conhecida no Brasil desde o século 17.
(Amorim) É um absurdo a gente em pleno século vinte e um, a gente ter que conviver com doenças conhecidas não há décadas, mas há séculos, e se sabe absolutamente quase tudo sobre o transmissor da doença, nesse caso o mosquito. O Governo tem que intensificar as suas ações de prevenção, mas eu acho que essa responsabilidade é de todos nós.
(Rep) Entre os fatores apontados para a expansão descontrolada da febre amarela estão a poluição dos rios, a inexistência de saneamento básico e a urbanização desorganizada.