Forças Armadas defendem conteúdo local nas indústrias de defesa — Rádio Senado
Comissões

Forças Armadas defendem conteúdo local nas indústrias de defesa

Oficiais-generais da Marinha e da Força Aérea defenderam maior participação da indústria nacional nos programas de defesa brasileiros. Segundo a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB – AM), autora do requerimento para a audiência, o governo do presidente Michel Temer não estimula a indústria brasileira em setores fundamentais para a soberania nacional. Vanessa Grazziotin defende que a Defesa deva receber tratamento especial no Orçamento da União.

04/12/2017, 20h44 - ATUALIZADO EM 05/12/2017, 09h44
Duração de áudio: 02:25
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública interativa para avaliar as políticas públicas de exigência de conteúdo local nas indústrias das áreas de defesa. 

Mesa: 
técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Luciana Acioly; 
chefe da 6ª Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica, brigadeiro-do-ar Paulo Eduardo Vasconcellos; 
presidente eventual da CAE, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM); 
diretor de Desenvolvimento Nuclear da Marinha (DDNM), contra-almirante (EN) André Luis Ferreira Marques.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Waldemir Barreto / Agência Senado

Transcrição
LOC: OFICIAIS-GENERAIS DA MARINHA E DA FORÇA AÉREA DEFENDERAM MAIOR PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA NACIONAL NOS PROGRAMAS DE DEFESA BRASILEIROS. TÉC: A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, levou à Comissão de Assuntos Econômicos representantes da Marinha e da Força Aérea para debaterem a importância da participação nacional na indústria de Defesa. A senadora disse que o governo Temer não estimula a indústria brasileira em setores fundamentais para a soberania nacional. Ela defendeu que a Defesa deva receber tratamento especial no Orçamento da União: (VANESSA) É muito importante para que elaboremos um projeto, que pode ser feito como um indicativo da comissão. Que garanta um status diferenciado à Defesa na elaboração do Orçamento. O Congresso Nacional procura muito garantir esse status à Ciência e Tecnologia, à Educação e à Defesa. Tudo que nós estamos discutindo aqui parece que vai contra ao pensamento do Governo, que é um pensamento baseado muito no mercado. (REP) O brigadeiro Paulo Eduardo Vasconcellos explicou que vários dos contratos militares com países estrangeiros incluem a necessidade de transferência de tecnologia para a indústria nacional. O brigadeiro listou os programas relacionados ao novo caça supersônico de superioridade aérea e o programa espacial brasileiro. Ele defendeu a capacitação da indústria nacional para atuar no setor: (VASCONCELLOS) Eu estou usando a palavra off-set porque na realidade, quando a gente falou de conteúdo local, ele decorre dessas compensações tecnológicas. Ou você nasce no país uma capacidade de produção, ou você por intermédio dos projetos, você começa a capacitar a sua indústria. No segmento de Defesa, um pouco mais intenso, pois temos necessidade de uma certa autonomia, por questões obvias de segurança, de estratégia do país, defesa do país. (REP) O contra-almirante André Ferreira Marques, explicou que os programas nuclear e o de construção de submarinos se fundem para permitir a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro: (MARQUES) No escopo existem 4 submarinos convencionais, fabricados aqui no Brasil, na NUCLEP, lá em Itaguaí, onde o primeiro será prontificado no ano que vem. Ele vai ser montado, teremos algumas fotos e em seguida ele entra num programa de testes e cerca de dois, três anos ele estará disponível para a esquadra. Mas no futuro, que é o nosso objetivo, o nosso alvo, é o submarino com propulsão nuclear. (REP) Segundo o almirante, a Marinha ainda pretende iniciar um projeto de construção de corvetas, caso tenha apoio financeiro. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.

Ao vivo
00:0000:00