IFI vê lenta retomada da economia e aponta urgência de reformas econômicas estruturais
O relatório fiscal da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão consultivo do Senado, aponta lenta retomada da economia e crescimento da dívida pública. O documento ainda recomenda pressa na aprovação de reformas econômicas estruturais.
Transcrição
LOC: RELATÓRIO FISCAL DE INSTITUTO DO SENADO APONTA LENTA RETOMADA DA ECONOMIA E CRESCIMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA
LOC: O DOCUMENTO AINDA RECOMENDA PRESSA NA APROVAÇÃO DE REFORMAS ECONÔMICAS ESTRUTURAIS. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
(Repórter) O relatório da Instituição Fiscal Independente, a IFI, enfatizou que a recessão iniciada no segundo trimestre de 2014 terminou nos últimos três meses de 2016. Nesse período, a queda acumulada do Produto Interno Bruto, o PIB, foi de 8,6%. Segundo os economistas da IFI, um dos fatores que ajudaram no pequeno crescimento no terceiro trimestre foi o consumo das famílias, menor do que no segundo trimestre deste ano. A safra recorde de grãos e a liberação de recursos nas contas do FGTS devem ajudar a economia brasileira no último trimestre de 2017. Ainda que os dados preliminares indiquem perspectiva de melhora, o diretor-executivo da IFI, Felipe Salto, afirmou que são necessárias reformas econômicas mais profundas.
(Felipe Salto) No processo de recuperação fiscal e para reequilibrar a dívida sobre o PIB, a gente vai precisar recuperar as receitas de maneira mais estrutural.
(Repórter) Felipe Salto lembrou que o novo teto de gastos orçamentários impõe a aprovação de reformas o quanto antes. Caso contrário, o governo não vai conseguir cumprir a lei.
(Felipe Salto) Vai ser difícil ou impossível praticamente cumprir o teto de gastos a partir de 2019, 2020 sem mudanças efetivas no gasto obrigatório. (...) O exemplo maior é a reforma da previdência.
(Repórter) O relatório da IFI também constatou que a dívida pública continuou crescendo em setembro. Uma recomendação foi a de reduzir os juros básicos. Mas a medida mais efetiva seria diminuir os elevados déficits primários, cortando gastos.