Cortes no orçamento do Incra prejudicam o desenvolvimento no campo, dizem debatedores na CDH — Rádio Senado
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Cortes no orçamento do Incra prejudicam o desenvolvimento no campo, dizem debatedores na CDH

Cortes no orçamento do Incra e desvalorização da agricultura familiar têm impacto na mesa do brasileiro e prejudicam o desenvolvimento do campo. Foi o que afirmaram os participantes de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) nesta terça-feira (24). A presidente da CDH, senadora Regina Sousa (PT – PI), defendeu o apoio aos projetos de reforma agrária e relatou visita a assentamento próximo a Teresina no qual 300 famílias vivem em condições precárias, após um incêndio recente.

24/10/2017, 12h26 - ATUALIZADO EM 24/10/2017, 12h51
Duração de áudio: 01:48
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública para tratar sobre agricultura familiar, a reforma agrária, o corte orçamentário e o desmonte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Mesa (E/D):
representante do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), Vanderlúcia de Oliveira Simplício;
perito Federal Agrário e representante do Sindicato Nacional dos Peritos Federais Agrários (SindPFA), Márcio Rodrigo Alécio;
vice-presidente  da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);
diretor de Administração e Finanças da Associação Nacional dos Servidores Públicos Federais Agrários  (CNASI-NA),  Reginaldo Marcos Félix de Aguiar; 
economista do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e  Superintendência Regional do Rio de Janeiro, Gustavo Souto Noronha

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França

Transcrição
LOC: CORTES NO ORÇAMENTO DO INCRA E DESVALORIZAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR TÊM IMPACTO NA MESA DO BRASILEIRO E PREJUDICAM O DESENVOLVIMENTO DO CAMPO. LOC: FOI O QUE AFIRMARAM OS PARTICIPANTES DE UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO NESTA TERÇA-FEIRA. REPÓRTER MARCELA DINIZ: TEC: A Comissão de Direitos Humanos debateu os possíveis impactos dos cortes previstos no projeto de Orçamento 2018 para os programas de apoio à reforma agrária e à agricultura familiar, como os de Aquisição de Alimentos e de terras para projetos de assentamento. Os debatedores criticaram, também, o que consideram o “desmonte” do Incra, que hoje tem 45% do quadro de funcionários em vias de aposentadoria, sem que haja plano para reposição. Para o economista do Incra do Rio de Janeiro Gustavo Noronha, a falta de investimentos levará à desarticulação, em curto prazo, das políticas de desenvolvimento rural, com reflexos na mesa do brasileiro, já que 70% dos alimentos consumidos internamente são produzidos por pequenos produtores e famílias assentadas: (Gustavo) Cortes orçamentários que você vai desestruturar todo um sistema que pode promover a reforma agrária, a agricultura familiar, que pode promover a segurança alimentar do povo brasileiro. (REP) O representante do Sindicato dos Peritos Federais Agrários, Márcio Alécio, disse que os cortes orçamentários também atingem o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária: (Márcio) As pessoas que moram no campo, elas têm direito à saúde, educação, e aí o nosso PRONERA, que está drasticamente afetado. É andar na contramão do desenvolvimento. (REP) A presidente da CDH, senadora Regina Sousa, do PT do Piauí, defendeu o apoio aos projetos de reforma agrária e relatou visita a assentamento próximo a Teresina, no qual 300 famílias vivem em condições precárias, após um incêndio recente: (Regina) Se esse pessoal que é contra reforma agrária visitasse um negócio daquele, não é possível que não se sensibilizasse. (REP) De acordo com o Incra, o Brasil possui, hoje, dez mil projetos de assentamento e um milhão de famílias assentadas. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

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