CAS debate com especialistas a utilização da ozonioterapia — Rádio Senado
Audiência pública

CAS debate com especialistas a utilização da ozonioterapia

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) realizou audiência pública, nesta terça-feira (17), para ouvir especialistas sobre a ozonioterapia. A técnica utiliza a aplicação de oxigênio e ozônio com finalidade terapêutica. A legalização da prescrição desse tratamento complementar consta do PLS 227/2017, de autoria do senador Valdir Raupp (PMDB/RO). O relator da proposta, senador Edison Lobão (PMDB-MA), deu um testemunho sobre a eficácia do tratamento do qual é usuário após cirurgia nas cordas vocais. A proposta está na pauta de votação da CAS dessa quarta-feira (18).

17/10/2017, 17h18 - ATUALIZADO EM 17/10/2017, 19h55
Duração de áudio: 02:02
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realiza audiência pública interativa para instruir o Projeto de Lei do Senado nº 227, de 2017, que "autoriza a prescrição da Ozonioterapia em todo o território Nacional". 

Mesa: 
diretor do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde do Ministério da Saúde, Artur Felipe Siqueira de Brito; 
presidente do Centro de Apoio às Pessoas com Câncer de Bauru, Carlos Eduardo Faraco Braga; 
presidente em exercício da CAS, senador Valdir Raupp (PMDB-RO); 
presidente da Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz), Maria Emília Gadelha Serra; 
assessora da Presidência do Conselho Federal de Medicina (CFM), Clarice Alegre Petramale 

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS OUVIU ESPECIALISTAS SOBRE A OZONIOTERAPIA. A TÉCNICA UTILIZA APLICAÇÃO DE OXIGÊNIO E OZÔNIO COM FINALIDADE TERAPÊUTICA. LOC: A LIBERAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DO TRATAMENTO COMPLEMENTAR EM TODO O PAÍS PODE SER VOTADA NA COMISSÃO NESTA QUARTA-FEIRA. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) Defensores da ozonioterapia argumentam que a técnica pode ser utilizada para tratar doenças inflamatórias, infecciosas e circulatórias, além de reduzir custos de terapias tradicionais. A presidente da Associação Brasileira de Ozonioterapia, Maria Emília Gadelha, garantiu que a implementação pode ser feita em todos os níveis de atenção à saúde. (Maria Emília Gadelha) “A técnica exige apenas um profissional de saúde treinado, uma boa indicação médica. Mas a implementação é simples, segura e de baixo custo. A única conta indicação totalmente formal é a deficiência de uma enzima que deve ser dosada antes, é um exame que ao que me consta no SUS custa 30 reais.” (Repórter) O relator da proposta, senador Edison Lobão, do PMDB do Maranhão, deu um testemunho sobre a eficácia do tratamento do qual é usuário após cirurgias nas cordas vocais. (Edison Lobão) “A experiência para mim obteve sucesso. Não voltei a ter a voz antiga, mas melhorei significativamente dela. Acredito neste tipo de tratamento porque sou beneficiário dele e está pronto a ajudar a divulgar a técnica que hoje já se conhece.” (Repórter) Também houve depoimentos relatando o uso bem sucedido da ozonioterapia em pacientes autistas e como forma complementar do tratamento convencional contra o câncer. O representante do Ministério da Saúde, Artur Felipe de Brito, disse que atualmente só é permitido o uso da ozonioterapia para tratamento de feridas e em procedimentos odontológicos. (Artur Felipe de Brito) “Ainda não foi avaliado pelo Ministério da Saúde para outras indicações por ser ainda tratado como um procedimento experimental. É um impeditivo legal. São vedadas em todas as esferas de gestão do SUS , o pagamento de medicamentos, procedimentos clínicos ou cirúrgicos de caráter experimental ou de usos não autorizados pela Anvisa.” (Repórter) O uso da ozonioterapia na veterinária já é permitido. PLS 227/2017

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