Segundo economistas do IFI país terá crescimento acima do esperado — Rádio Senado
Economia

Segundo economistas do IFI país terá crescimento acima do esperado

A Instituição Fiscal Independente do Senado – IFI – apresentou seu relatório de acompanhamento fiscal de outubro. Segundo os economistas da instituição o país terá um crescimento maior do que o esperado este ano e no próximo. O diretor da IFI, Gabriel Leal de Barros, informou que o Brasil pode registrar um crescimento econômico de 0,7% em 2017 e 2,3% em 2018. Pelo relatório da instituição, a dívida pública cresce quase 3% a cada ano e pode alcançar 100% do Produto Interno Bruto - PIB entre 2020 e 2021.

09/10/2017, 20h19 - ATUALIZADO EM 09/10/2017, 20h26
Duração de áudio: 01:51
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A INSTITUIÇÃO FINANCEIRA INDEPENDENTE – A IFI – APRESENTOU SEU RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO FISCAL DE OUTUBRO. LOC: SEGUNDO OS ECONOMISTAS DA INSTITUIÇÃO O PAÍS TERÁ UM CRESCIMENTO MAIOR DO QUE O ESPERADO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) Apesar de agências de avaliação de risco afirmarem que o Brasil não deve apresentar crescimento no próximo ano, a Instituição Fiscal Independente aponta que, pela curva de crescimento do número de empregos formais, o Brasil pode crescer 0,7% em 2017 e 2,3% em 2018. O setor de empregos é responsável por quase 40% da arrecadação. Gabriel Leal de Barros, diretor da instituição, explica o impacto positivo do emprego formal para a economia: (Gabriel Leal de Barros) No relatório a gente reviu a projeção de crescimento da economia para esse e para o próximo ano. Imagina que com essa recuperação de crescimento, o emprego vai recuperar. É um processo lento e gradual. Portanto, a recuperação vai ter efeitos positivos na arrecadação. É lento, mas a gente já consegue ver esses efeitos positivos nos resultados de mais curto prazo. No mês de agosto, a arrecadação cresceu a dois dígitos. Limpando os dados de todas as atipicidades, a gente consegue chegar a uma taxa de crescimento ainda robusta, mas a uma taxa de torno de 7%. (Repórter) Por outro lado, com a existência do teto de gastos determinado pela Emenda Constitucional 95, existe a possibilidade, em um cenário pessimista, da dívida pública alcançar 100% do PIB entre 2020 e 2021. O diretor-presidente da IFI, Felipe Salto, faz um alerta: (Felipe Salto) Vai ser muito difícil cumprir o teto de gastos, se não houver mudança nas despes as obrigatórias. Há espaços para cortes, mas esse espaço vai se reduzindo ao longo do tempo, à medida que o teto vai exercendo a sua força e ao longo dos anos vai comprimindo a chamada “margem fiscal”. Em 2019 já ficaria muito difícil de cumprir o Teto de Gastos. (Repórter) Pelo relatório da instituição, a dívida pública cresce quase 3% a cada ano, o que prejudica o crescimento do Produto Interno Bruto do país.

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