CPI da JBS aprova quebra de sigilos de Joesley, Saud e Miller — Rádio Senado
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CPI da JBS aprova quebra de sigilos de Joesley, Saud e Miller

A CPMI da JBS aprovou, nesta terça-feira (26), a quebra de sigilos dos executivos Joesley Batista e Ricardo Saud e do ex-procurador da República Marcello Miller. O colegiado quer ter acesso a todos os dados telefônicos, com registros e duração das ligações feitas a partir de 2015 pelos executivos da JBS, além dos dados bancários e telefônicos de Miller. Os requerimentos foram apresentados pelo presidente da CPMI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que também é autor de um projeto que regulamenta a quarentena para ex-magistrados e ex-procuradores do Ministério Público (PLS 341/2017). Pela proposta, juízes e procuradores terão de ficar três anos sem exercer a advocacia depois de deixarem seus cargos públicos. A CPMI também aprovou requerimentos que pedem levantamentos do Banco Central de todas as operações de câmbio realizadas em 2017 pelo grupo JBS e todos os empréstimos feitos junto ao BNDES.

26/09/2017, 21h37 - ATUALIZADO EM 26/09/2017, 22h23
Duração de áudio: 01:50
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS realiza reunião para apreciação de requerimentos.

Mesa:
relator da CPMI da JBS, deputado Carlos Marun (PMDB-MS);
presidente da CPMI da JBS, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO).


Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: CPI MISTA DA JBS APROVA A QUEBRA DE SIGILOS DOS EXECUTIVOS JOESLEY BATISTA E RICARDO SAUD E DO EX-PROCURADOR DA REPÚBLICA MARCELLO MILLER. LOC: A COMISSÃO AINDA APROVOU O LEVANTAMENTO DAS OPERAÇÕES ENTRE A EMPRESA E O BNDES. REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC: A CPI Mista da JBS quer ter acesso a todos os dados telefônicos, com registros e durações de ligações, feitas a partir de 2015 pelos executivos da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud, além dos sigilos bancário e telefônico do ex-procurador da República, Marcello Miller. O ex-procurador atuou como advogado em um escritório que negociou a delação da JBS com a Procuradoria Geral da República. Os requerimentos foram apresentados pelo presidente da comissão, senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins. Ele ainda anunciou a apresentação de um projeto de lei que regulamenta a quarentena para ex-magistrados e ex-procuradores do Ministério Público. Pela proposta, juízes e procuradores terão de ficar três anos sem exercer a advocacia depois de deixarem seus cargos públicos. Ataídes Oliveira explicou que o objetivo é evitar casos como o de Marcello Miller, que pode ter repassado informações privilegiadas à defesa dos executivos da JBS. (ATAÍDES) O motivo é óbvio: evitar o uso de informação privilegiada por parte de procuradores e magistrados que ingressam em grandes escritórios de advocacia ou até mesmo montam seus próprios escritórios. (Rep) A CPI Mista ainda aprovou requerimentos que pedem levantamentos do Banco Central de todas as operações de câmbio realizadas em 2017 pelo grupo JBS e todos os empréstimos feitos junto ao BNDES. Os primeiros depoimentos estão marcados para o dia 3 de outubro. Estão previstas as presenças do ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e de Márcio Lobo, advogado dos acionistas minoritários da JBS. Já no dia 4, a CPI Mista deve ouvir o advogado da empresa, Willer Tomaz, e o procurador do Ministério Público Federal, Angelo Vilela. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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