Relatório da IFI mostra cenário econômico incerto
![O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, apresenta durante coletiva à imprensa, os principais resultados do Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de junho.
Em pronunciamento, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto.
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, apresenta durante coletiva à imprensa, os principais resultados do Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de junho.
Em pronunciamento, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto.
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado](https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2017/06/12/relatorio-da-ifi-mostra-cenario-economico-incerto/34882262100_ccf83dfdf6_o.jpg/@@images/ac757d29-5c65-4a94-8b3e-0bb046176023.jpeg)
Transcrição
LOC: O RELATÓRIO ECONÔMICO DE JUNHO DA INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE MOSTRA UM CENÁRIO ECONÔMICO INCERTO.
LOC: BAIXA DE CONSUMO, DÉFICIT PÚBLICO ALTO E CRESCIMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA PREOCUPAM DIRETORES DO ÓRGÃO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
TÉC: A Instituição Fiscal Independente – IFI – publicou seu quinto relatório de acompanhamento econômico da situação brasileira. Um dos principais dados apontado no texto é o crescimento da dívida bruta do governo, que em abril chegou a 4 trilhões e 550 bilhões de reais, aproximadamente 71% do Produto Interno Bruto Brasileiro. Segundo Felipe Salto, diretor-executivo da IFI, há o risco da dívida crescer de maneira a comprometer o PIB:
(FELIPE): O principal ponto do relatório de acompanhamento fiscal de junho, divulgado pela IFI é que a dívida pública vem crescendo muito e se as reformas e as mudanças estruturais não forem aprovadas, com impacto importante sobre o gasto obrigatório, facilmente nós vamos migrar para um cenário pessimista, em que a dívida estoura. Quer dizer, ela continua a crescer de maneira permanente, até 2030.
(PENNA): Atualmente a dívida líquida do setor público compromete 47% do Produto Interno Bruto, prejudicando a capacidade de investimentos. Outro tema trazido pela IFI é o alto nível de taxação da economia. O diretor-adjunto da instituição, Gabriel Leal de Barros, aponta que a atividade econômica do país é prejudicada pela carga de impostos e pela alta burocracia:
(GABRIEL): Mas tem também uma agenda microeconômica relacionada a tempo médio de abertura de empresa, fechamento de empresa, custo de cumprimento de obrigações tributárias assessórias. Tudo isso é também importante e tem efeitos sobre o ritmo de crescimento na economia.
(PENNA): Os economistas da IFI apresentaram três projeções sobre a Dívida Bruta do Governo até o ano de 2030. Na visão mais otimista, a dívida ocuparia 53% do PIB, enquanto em um cenário pessimista, esse índice poderia chegar a 124%. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.