CMA discute exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas — Rádio Senado
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CMA discute exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas

06/06/2017, 18h10 - ATUALIZADO EM 06/06/2017, 18h24
Duração de áudio: 02:21
Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) realiza audiência pública interativa para debater a exploração de petróleo na Amazônia. 

Participam:
diretora de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), Larissa Carolina Amorim Dos Santos;  
presidente da CMA, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP); 
professor da Universidade de Pernambuco (UFPE), José Souto Rosa Filho;
secretário-geral do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Antônio Guimarães.  

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE DISCUTIU A EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NA FOZ DO RIO AMAZONAS. LOC: OS SENADORES QUEREM SABER COMO A ATIVIDADE PODE SER FEITA SEM GERAR DANOS AO MEIO AMBIENTE. REPÓRTER ANA BEATRIZ SANTOS. TÉC: Uma audiência pública na Comissão de Meio Ambiente debateu a exploração de petróleo no litoral do Amapá. Um grupo de cientistas descobriu, próximo à área a ser explorada, uma colônia de corais em águas profundas com a extensão de 9 mil e 500 quilômetros quadrados. A descoberta é importante porque os recifes de corais, que são o habitat de diversas espécies marinhas, em muitos pontos do planeta estão desaparecendo devido ao aquecimento global. Os recifes ficam a oito quilômetros do local onde a ANP autorizou a exploração de petróleo e gás por três empresas. Para o representante da Agência Nacional de Petróleo, Silvio Jablonski, a chance de acontecer acidentes ambientais durante a exploração das reservas de petróleo é baixa diante do que pode representar o retorno financeiro para a região. O senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, lembrou que hoje a pesca e o extrativismo geram 18 mil empregos no estado. Na opinião dele, as atividades sustentáveis podem significar desenvolvimento para o estado, ao contrário da exploração de petróleo. (João Capiberibe) Que essas atividades podem ser melhoradas, na medida em que o estado brasileiro crie políticas que hoje não existem pra biodiversidade da região. Hoje a nossa economia depende da pesca e da exportação do açaí, o açaí hoje é o segundo item de exportação do Amapá. (Ana) A representante do IBAMA, Larissa Amorim dos Santos, explicou que a liberação da licença ambiental leva em conta vários fatores e cabe à sociedade debater se explora o petróleo ou preserva a biodiversidade. (Larissa) - São muitos fatores a serem avaliados e o papel do licenciamento é avaliar quais são os impactos. Qual é a dimensão e a proporção dele, se são possíveis de serem mitigados e se não como podem ser compensados. Então não é simples e fácil chegar a essa conclusão. (Ana) O debate contou com a presença de representantes do IBAMA, da ANP, de cientistas e integrantes de entidades ambientais como Greenpeace e de empresas que vão explorar a área. Da Rádio Senado, ABS.

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