Senadores repercutem interrupção dos debates sobre as reformas trabalhista e da Previdência — Rádio Senado
Crise política

Senadores repercutem interrupção dos debates sobre as reformas trabalhista e da Previdência

A interrupção dos debates sobre as reformas trabalhista (PLC 38/2017) e da Previdência (PEC 287/2016 ) repercutiu entre os senadores. Os relatores das matérias suspenderam as discussões devido à crise política.

O senador Ataídes Oliveira (PSDB – TO) defende a retomada das discussões. Para o senador, as necessidades do país são muito maiores do que os fatos ocorridos. Mas para o senador Humberto Costa (PT – PE), não há clima para o debate.

22/05/2017, 14h41 - ATUALIZADO EM 22/05/2017, 15h01
Duração de áudio: 02:34
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: A INTERRUPÇÃO DOS DEBATES SOBRE AS REFORMAS TRABALHISTA E DA PREVIDÊNCIA REPERCUTIU ENTRE OS SENADORES. LOC: OS RELATORES DAS MATÉRIAS SUSPENDERAM AS DISCUSSÕES DEVIDO À CRISE POLÍTICA. MAIS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: (Repórter) As denúncias contra o presidente Michel Temer geraram uma crise política que afetou a continuidade dos debates sobre as Reformas da Previdência e Trabalhista no Congresso. No entanto o senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, defende a retomada das discussões. (Ataídes Oliveira) “Nós só vamos saber se realmente parou a tramitação da trabalhista e da previdenciária a partir desta semana. É força maior, o Brasil e as necessidades são muito maiores do que os fatos ocorridos. O Brasil não pode parar. O Brasil tem que continuar andando”. (Repórter) Mas para o senador Humberto Costa do PT de Pernambuco, não há clima para o debate: (Humberto Costa) “Além de não haver clima para a votação dessas matérias, falta absoluta, total e completa legitimidade ao governo Temer para encabeçar um processo como esse. Então, eu acredito que o melhor a fazer agora, realmente é suspender essa discussão e nós encontramos um desfecho, uma saída definitiva, dentro do sistema democrático, para a superação dessa crise política que ora estamos vivendo”. (Repórter) O senador José Medeiros, do PSD do Mato Grosso, disse que as denúncias contra o presidente Temer não foram confirmadas e as reformas devem voltar a serem debatidas: (José Medeiros) “Creio que a tendência é arrefecer os ânimos e que essas reformas voltem a ser discutidas ainda esta semana. A tendência é o clima voltar a sua normalidade, tendo em vista que não passou de uma fake news”. (Repórter) O senador Hélio José, do PMDB do Distrito Federal, que é relator da CPI da Previdência, concorda com a suspensão da discussão da reforma da previdência. (Hélio José) “Creio que sim. É o mais correto. Isso é até bom porque vamos ter oportunidade de dar continuidade à CPI da Previdência e provar que tem que ter mudanças”. (Repórter) Para o presidente da CPI da Previdência, senador Paulo Paim, do PT gaúcho, é necessária a total paralisação das Reformas da Previdência e trabalhista. (Paulo Paim) “Nessa lambança que passa o país, estou convicto de que esse Congresso não vai votar nem a Reforma da Previdência e nem a Reforma Trabalhista. E ambos os relatores disseram que não há a mínima condição de votar essas duas reformas enquanto não resolver a questão política. (Repórter) A reforma trabalhista está em discussão no Senado, com a relatoria dos senadores Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo e Romero Jucá, do PMDB de Roraima. Já a Reforma da previdência está em análise na Câmara dos Deputados. PEC 287/2016 e PLC 38/2017

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