Brasil registra número recorde de assassinatos de membros da comunidade LGBTT — Rádio Senado
Audiência pública

Brasil registra número recorde de assassinatos de membros da comunidade LGBTT

O Brasil registrou um número recorde de assassinatos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais. A avaliação foi feita em audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) nesta terça-feira, 17 de maio, Dia Internacional de Enfrentamento à Homofobia e Transfobia.

Os convidados defenderam uma série de projetos em análise no Congresso Nacional que buscam fortalecer os direitos das pessoas LGBTI. Entre eles, o projeto que reconhece o direito à identidade de gênero e a troca de nome e sexo nos documentos de identidade de transexuais (PLS 658/2011).

A presidente da CAS, senadora Marta Suplicy (PMDB – SP), elogiou que o tema esteja presente em novelas e reportagens, mas defendeu uma legislação específica para combater o preconceito e a violência.

17/05/2017, 13h07 - ATUALIZADO EM 17/05/2017, 13h21
Duração de áudio: 02:33
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realiza audiência pública interativa em comemoração ao Dia Internacional de Enfrentamento à Homofobia e Transfobia. 

Mesa (E/D): 
advogada e secretária-geral da Aliança Nacional LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais), Patrícia Mannaro; 
coordenadora-geral de Promoção dos Direitos LGBT, Marina Reidel; 
presidente da CAS, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP); 
presidente da Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH) e presidente da Câmara Técnica Permanente de Legislação e Normas do Conselho Nacional de Combate à Discriminação de LGBT (CNCD/LGBT), Luma Nogueira de Andrade; 
secretário de Educação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais), Toni Reis; 
presidente do Transgrupo Marcela Prado e diretora administrativa da Aliança Nacional LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais), Rafaelly Wiest 

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O BRASIL REGISTROU UM NÚMERO RECORDE DE ASSASSINATOS DE LÉSBICAS, GAYS, BISSEXUAIS, TRAVESTIS, TRANSEXUAIS E INTERSEXUAIS. LOC: A AVALIAÇÃO FOI FEITA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS NESTA TERÇA-FEIRA, 17 DE MAIO, DIA INTERNACIONAL DE ENFRENTAMENTO À HOMOFOBIA E TRANSFOBIA. REPÓRTER GEORGE CARDIM. (Repórter) A audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais marcou o Dia Internacional de Enfrentamento à Homofobia e à Transfobia. No dia 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde retirou a homossexualidade da classificação internacional de doenças. Especialistas e autoridades registraram avanços nos últimos anos, como o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo e o direito à herança em união homoafetiva. Mas lamentaram o número recorde de violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais. Segundo o Ministério da Justiça, no ano passado o Disque 100 recebeu 1.876 denúncias de violações de direitos de pessoas LGBTIs e foram registrados 340 homicídios, número recorde. A diretora da Aliança Nacional LGBTI Rafaelly Wiest lamentou o aumento da violência. (Rafaelly Wiest) “A cada dia que passa eu tenho medo literalmente de sair de casa porque a violência está absurda e irracional e preocupante contra a população LGBT, mas em especial contra as pessoas travestis e transexuais. Não existe nenhum lugar no planeta em acumulativo que mate mais travestis e que mate mais travestis e transexuais” (Repórter) A presidente da Comissão de Assuntos Sociais, senadora Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo, elogiou que o tema esteja presente em novelas e reportagens, mas defendeu uma legislação específica para combater o preconceito e a violência. (Marta Suplicy) O Brasil lidera a violência contra homossexuais. Sabemos que a lei do racismo como nós temos hoje ela protege pessoas negras, brancas, grupos étnicos, migrantes, imigrantes, a liberdade de credo, mas é como não existisse a orientação sexual. A questão de gênero não passa nem perto” (Repórter) Os convidados também defenderam uma série de projetos em análise no Congresso Nacional que buscam fortalecer os direitos das pessoas LGBTI. Entre eles, o que reconhece o direito à identidade de gênero e a troca de nome e sexo nos documentos de identidade de transexuais. PLS 658/2011 LOC: OS SENADORES DA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS APROVARAM POR UNANIMIDADE A RECONDUÇÃO DA ADVOGADA SIMONE SANCHES FREIRE PARA O CARGO DE DIRETORA DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR, A ANS. O NOME DEVE SER ANALISADO AGORA PELO PLENÁRIO DO SENADO.

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