CAS aprova projeto que proíbe uso de gorduras trans na fabricação de alimentos — Rádio Senado
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CAS aprova projeto que proíbe uso de gorduras trans na fabricação de alimentos

As gorduras trans não poderão ser usadas na fabricação de alimentos. É o que estabelece um projeto (PLS 478/2015) aprovado nesta quarta-feira (26) pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS).

O projeto da senadora Marta Suplicy (PMDB – SP) proíbe o uso de gorduras vegetais hidrogenadas na fabricação de alimentos. As chamadas gorduras trans são produzidas artificialmente e buscam aumentar o sabor e o tempo de conservação de comidas industrializadas, como margarina, macarrão instantâneo, biscoitos e pratos congelados.

Segundo o relator da proposta, senador Eduardo Amorim (PSDB – SE), a Organização Mundial da Saúde recomendou a eliminação dos ácidos graxos trans industrializados.

26/04/2017, 12h32 - ATUALIZADO EM 26/04/2017, 13h38
Duração de áudio: 02:06
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realiza reunião deliberativa com 6 itens. Entre eles, PLS 334/2013, que regulamenta a profissão de gerontólogo, e o PLS 478/2015, que veda a gordura trans em alimentos.
 
À mesa:
presidente da CAS, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP);
vice-presidente da CAS, senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: AS GORDURAS TRANS NÃO PODERÃO SER USADAS NA FABRICAÇÃO DE ALIMENTOS. LOC: É O QUE ESTABELECE UM PROJETO APROVADO NESTA QUARTA-FEIRA PELA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, COMO INFORMA O REPÓRTER GEORGE CARDIM. (Repórter) O projeto da senadora Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo, proíbe o uso de gorduras vegetais hidrogenadas na fabricação de alimentos. As chamadas gorduras trans são produzidas artificialmente e buscam aumentar o sabor e o tempo de conservação de comidas industrializadas, como margarina, macarrão instantâneo, biscoitos e pratos congelados. No entanto, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, o consumo destas gorduras pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares e de diabetes. O governo americano já ordenou a retirada de alimentos com gorduras trans do mercado até 2018. O relator da proposta, senador Eduardo Amorim, do PSDB de Sergipe, também lembrou que a Organização Mundial da Saúde recomendou a eliminação dos ácidos graxos trans industrializados. (Eduardo Amorim) “Como se vê, eliminar dos processos de industrialização dos alimentos a adição de gorduras trans provenientes de óleos parcialmente hidrogenados tornou-se um importante objetivo das autoridades sanitárias em todo o mundo (Repórter) O senador Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, que é médico, elogiou a iniciativa. (Ronaldo Caiado) “As pessoas mais humildes são submetidas ao consumo destes alimentos e com isso provocando um problema altíssimo de problemas cardiológicos com uma frequência acima do que anteriormente acontecia. Para que a sociedade realmente restrinja o alimento à base de gorduras parcialmente hidrogenadas que tantas sequelas têm trazido” (Repórter) O projeto prevê um prazo de três anos para a indústria de alimentos se adequar às novas regras. O texto ainda determina que o poder público deve estimular pesquisas e definir quais gorduras podem ser utilizadas na produção de alimentos, além de promover campanhas para o consumo de comidas saudáveis. A proposta deve ser analisada agora pela Câmara dos Deputados. PLS 478/2015

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