CAS aprova projeto que proíbe uso de gorduras trans na fabricação de alimentos
As gorduras trans não poderão ser usadas na fabricação de alimentos. É o que estabelece um projeto (PLS 478/2015) aprovado nesta quarta-feira (26) pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS).
O projeto da senadora Marta Suplicy (PMDB – SP) proíbe o uso de gorduras vegetais hidrogenadas na fabricação de alimentos. As chamadas gorduras trans são produzidas artificialmente e buscam aumentar o sabor e o tempo de conservação de comidas industrializadas, como margarina, macarrão instantâneo, biscoitos e pratos congelados.
Segundo o relator da proposta, senador Eduardo Amorim (PSDB – SE), a Organização Mundial da Saúde recomendou a eliminação dos ácidos graxos trans industrializados.
Transcrição
LOC: AS GORDURAS TRANS NÃO PODERÃO SER USADAS NA FABRICAÇÃO DE ALIMENTOS.
LOC: É O QUE ESTABELECE UM PROJETO APROVADO NESTA QUARTA-FEIRA PELA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, COMO INFORMA O REPÓRTER GEORGE CARDIM.
(Repórter) O projeto da senadora Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo, proíbe o uso de gorduras vegetais hidrogenadas na fabricação de alimentos. As chamadas gorduras trans são produzidas artificialmente e buscam aumentar o sabor e o tempo de conservação de comidas industrializadas, como margarina, macarrão instantâneo, biscoitos e pratos congelados. No entanto, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, o consumo destas gorduras pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares e de diabetes. O governo americano já ordenou a retirada de alimentos com gorduras trans do mercado até 2018. O relator da proposta, senador Eduardo Amorim, do PSDB de Sergipe, também lembrou que a Organização Mundial da Saúde recomendou a eliminação dos ácidos graxos trans industrializados.
(Eduardo Amorim) “Como se vê, eliminar dos processos de industrialização dos alimentos a adição de gorduras trans provenientes de óleos parcialmente hidrogenados tornou-se um importante objetivo das autoridades sanitárias em todo o mundo
(Repórter) O senador Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, que é médico, elogiou a iniciativa.
(Ronaldo Caiado) “As pessoas mais humildes são submetidas ao consumo destes alimentos e com isso provocando um problema altíssimo de problemas cardiológicos com uma frequência acima do que anteriormente acontecia. Para que a sociedade realmente restrinja o alimento à base de gorduras parcialmente hidrogenadas que tantas sequelas têm trazido”
(Repórter) O projeto prevê um prazo de três anos para a indústria de alimentos se adequar às novas regras. O texto ainda determina que o poder público deve estimular pesquisas e definir quais gorduras podem ser utilizadas na produção de alimentos, além de promover campanhas para o consumo de comidas saudáveis. A proposta deve ser analisada agora pela Câmara dos Deputados.
PLS 478/2015