Comissão debate impacto da reforma da Previdência no Norte e Nordeste
Transcrição
LOC: AUDIÊNCIA PÚBLICA DEBATE IMPACTOS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA NOS MUNICÍPIOS DO NORTE E NORDESTE DO PAÍS.
LOC: A DISCUSSÃO CONTOU COM REPRESENTANTES DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE MUNICÍPIOS, DO INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA E DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS AUDITORES FISCAIS DA RECEITA. A INFORMAÇÃO É DO REPÓRTER GUSTAVO AZEVEDO.
TEC: Após requerimento das senadoras petistas, Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, e Regina Sousa, do Piauí, a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo promoveu uma audiência pública para discutir as consequências da Reforma da Previdência no desenvolvimento econômico dos pequenos municípios das regiões Norte e Nordeste. Presidente da comissão, Fátima Bezerra ressaltou que a proposta é um ataque do Governo Federal aos mais pobres:
(Fátima Bezerra) O que nós não podemos aceitar de maneira nenhuma é que de repente os ajustes sejam feitos às custas do sacrifício exatamente do povo brasileiro.
(Repórter). Também contrário à proposta, o economista Guilherme Delgado, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, destacou que as novas regras devem prejudicar principalmente os trabalhadores rurais e os pequenos agricultores. Para ele, o efeito econômico nestes locais será significativo:
(Guilherme Delgado) O que se vai arrecadar com isso são migalhas. O objetivo é expelir o segurado especial da Previdência, porque quando ele não contribui ele perde a condição de segurado. E perdendo a condição de segurado ele não pode requerer benefícios.
(Repórter) Já o consultor da Confederação Nacional dos Municípios, Max Telesca, defendeu a Reforma que, segundo ele, é necessária por conta das dívidas previdenciárias que os estados e municípios têm com o INSS:
(Max Telesca) Na justificação da proposta existe uma parte em que se fala do bônus demográfico brasileiro que estaria acabando, do envelhecimento da população... Todas essas realidades, a Confederação Nacional de Municípios compreende que elas existem e, portanto, a Reforma da Previdência é inadiável realmente.
(Repórter). Até que proposta de emenda à Constituição chegue ao Senado, novas audiências públicas devem ser marcadas para esclarecer os efeitos da Reforma.
PEC 287/2016