Senadores discutem mudanças na proposta de reforma da Previdência — Rádio Senado
Plenário

Senadores discutem mudanças na proposta de reforma da Previdência

10/04/2017, 19h18 - ATUALIZADO EM 10/04/2017, 20h30
Duração de áudio: 02:03
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES DISCUTIRAM, EM PLENÁRIO, AS MUDANÇAS ANUNCIADAS PELO GOVERNO NA PROPOSTA DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA. LOC: ENTRE OS PONTOS QUE DEVEM SER ALTERADOS ESTÃO REGRAS DE TRANSIÇÃO MAIS FACILITADAS PARA O RECEBIMENTO DA APOSENTADORIA E BENEFÍCIOS PARA TRABALHADORES RURAIS. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TEC: As mudanças na PEC da Reforma da Previdência, em análise na Câmara dos Deputados, repercutiram entre os senadores. De acordo com o relator, deputado Arthur Maia, do PPS da Bahia, serão cinco os pontos que deverão sofrer alterações: as regras de transição, pensões, trabalhadores rurais, Benefício de Prestação Continuada e aposentadorias especiais para professores e policiais. A senadora Ângela Portela, do PT de Roraima, afirmou que modificações pontuais no texto não são suficientes para mudar a opinião de quem é contrário à reforma. E afirmou que nem sequer a base governista irá apoiar a aprovação da proposta. (Ângela) “É lógico que o Governo vai ceder em alguns pontos, como tem anunciado, mas, ainda assim, essa reforma é péssima para o Brasil. Nem mesmo a base governista parece disposta a chancelar uma das propostas mais cruéis e socialmente injustas. E não há liberação de emendas parlamentares ou distribuição de cargos em Ministérios que sensibilize os Deputados interessados em sua sobrevivência política.” (Repórter) Ângela Portela afirmou ainda que a reforma atinge principalmente as camadas mais pobres da população, e pediu mobilização popular para barrar a aprovação. Já o senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco, parabenizou o Governo por aceitar a flexibilização. Segundo ele, a alteração da maioria dos pontos também era defendida pelo partido. (Fernando) “A questão demográfica fala por si. Nós não podemos adiar a necessidade de reformar e ajustar a Previdência Social brasileira, para que ela possa ter sustentabilidade, mas não podemos aceitar que essa reforma venha para surrupiar direitos, sobretudo dos mais vulneráveis, dos mais pobres.” (Repórter) A redação final da proposta ainda não é conhecida e a expectativa é que o relatório seja apresentado na Câmara no dia 18 de abril. O Governo estima que as mudanças reduzam em até 20% o corte de despesas inicialmente previsto.

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