Senadores discordam de texto sobre Base Nacional Comum Curricular a ser votado pela CE — Rádio Senado
Educação

Senadores discordam de texto sobre Base Nacional Comum Curricular a ser votado pela CE

Senadores da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE) discordam sobre a retirada pelo MEC das expressões “identidade de gênero” e “orientação sexual” da Base Nacional Comum Curricular. O texto final relativo à educação infantil e fundamental foi apresentado ao Conselho Nacional de Educação na última quinta-feira (06)l.

O senador Humberto Costa (PT – PE) considera o documento retrógrado e conservador. Para ele, proibir o uso das expressões “orientação sexual” e “identidade de gênero” nos currículos vai gerar mais violência.

Já o senador José Medeiros (PSD – MT), concorda com o texto do MEC. Para o senador, o pai manda a criança para a escola para estudar. Cada pai educa o seu filho de acordo com suas crenças, com sua cultura.

10/04/2017, 13h48 - ATUALIZADO EM 10/04/2017, 14h36
Duração de áudio: 02:02
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DISCORDAM SOBRE A RETIRADA PELO MEC DAS EXPRESSÕES “IDENTIDADE DE GÊNERO” E “ORIENTAÇÃO SEXUAL” DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. LOC: O TEXTO FINAL RELATIVO À EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL AGUARDA ANÁLISE NO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC. (0410A01 - T: 1’58’’ – IARA – HUMBERTO – MEDEIROS - Téc. Pedro). (Repórter): A Base Nacional Comum Curricular foi elaborada a partir do Plano Nacional da Educação, aprovado pelo Congresso em 2014, e vai definir o currículo das escolas públicas e privadas. Apesar de defenderem uma base curricular comum, integrantes da Comissão de Educação divergem de pontos do texto final do Ministério da Educação. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, por exemplo, considera o documento retrógrado e conservador. Para ele, proibir o uso das expressões “orientação sexual” e “identidade de gênero” nos currículos vai gerar mais violência. (HUMBERTO) “É lógico que o objetivo principal é continuar a discriminação, naturalizar coisas como a violência contra a mulher. Estamos voltando aí a períodos tenebrosos que vivemos no passado quando as pessoas eram discriminadas por serem – e ainda são – por adotarem uma orientação sexual diferente”. (Repórter): Já o senador José Medeiros, do PSD do Mato Grosso, defende a iniciativa do Ministério da Educação. Na avaliação dele, não cabe às escolas qualquer tipo de conteúdo que possa doutrinar as crianças. (MEDEIROS) “Eu penso que pai que manda criança para a escola ele manda para estudar. Educação é dada em casa. Cada pai educa o seu filho de acordo com suas crenças, com sua cultura. Esse governo teve uma coragem imensa de enfrentar um tema espinhoso. Há tempos que as pessoas vinham só “olha, temos que conversar, temos que debater” e cada vez, cada ano, o Brasil ficando atrás nos indicadores na corrida da educação em termos internacionais”. (Repórter): A versão final da Base Nacional Comum Curricular, agora, está no Conselho Nacional de Educação. O conselho vai promover audiências públicas para aprimorar o texto, antes de enviá-lo à homologação pelo MEC. Após a homologação, as escolas terão dois anos para se adequarem às novas regras.

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