CDH debate situação de policiais na reforma da Previdência — Rádio Senado
Audiência pública

CDH debate situação de policiais na reforma da Previdência

06/04/2017, 15h32 - ATUALIZADO EM 06/04/2017, 16h59
Duração de áudio: 02:08
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública interativa para debater "a Reforma da Previdência que vem sendo anunciada pelo Governo Temer e, muito especialmente, os seus efeitos para os profissionais da segurança pública, notadamente os policiais". 

Mesa (E/D): 
vice-presidente da Associação Nacional de Praças (Anaspra), sargento Héder Martins de Oliveira; 
vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Flávio Werneck Meneguelli; 
diretor da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme), coronel Elias Miler da Silva; 
presidente eventual, senador José Medeiros (PSD-MT); 
presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Janio Bosco Gandra; 
presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos de Almeida Camargo; 
segunda vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol/DF), Marcele Alcântara de Almeida 

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A SITUAÇÃO DOS POLICIAIS NA REFORMA DA PREVIDÊNCIA FOI TEMA DE DISCUSSÃO NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO. LOC: OS PARTICIPANTES PEDEM A MANUTENÇÃO DA APOSENTADORIA ESPECIAL PARA O SETOR DE SEGURANÇA PÚBLICA. A REPORTAGEM É DE ANA BEATRIZ SANTOS. (Repórter) A Comissão de Direitos Humanos discutiu as consequências da reforma da previdência sobre trabalhadores da segurança pública como agentes, peritos e policias de todas as áreas. O autor do pedido, senador José Medeiros, do PSD de Mato Grosso, explicou que muitas vezes a aposentadoria especial da categoria, conseguida com 25 anos de serviço se mulher e 30 anos se homem, sem idade mínima, é apresentada de forma errada à sociedade, como se fosse um privilégio: (José Medeiros) “Nós precisamos debater esse assunto porque paira muitas duvidas sobre o tema porque a população as vezes pensa que isso aí é mordomia, privilégio, e é importante debater o assunto para que tudo fique claro” (Repórter) A audiência teve a presença de associações de agentes da segurança pública de diversas áreas. Na opinião dos expositores, os profissionais trabalham em uma infraestrutura precária e o desgaste físico e mental fazem parte da rotina. Na visão deles, é impossível fazer com que esses profissionais trabalhem até os 65 anos com a mesma qualidade e resultados. Para a senadora Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, a PEC é um desrespeito para setores essenciais, como a educação e a segurança pública. (Fátima Bezerra) “a PEC não só desconhece o papel o do servidores de segurança publica do país como quer prejudicar a vida desses servidores públicos. Não tem como não ter um olhar diferenciado para a carreira dos policiais como para a carreira dos professores. Nós não estamos aqui pedindo privilégios. Estamos aqui pedindo justiça”. (Repórter) De acordo com os expositores, pesquisas recentes, como o anuário de segurança pública mostram que a maioria dos policiais temem pela própria vida e de seus familiares e que 38 por cento escondem que são policiais nos momentos fora do serviço. A reunião ainda tratou do alto índice de homicídios e suicídios e a dificuldade que muitos servidores encontram para o acompanhamento de doenças mentais. PEC 55/2016

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