Trabalhadores rurais merecem tratamento especial na reforma da Previdência, afirma Ana Amélia — Rádio Senado
Comissões

Trabalhadores rurais merecem tratamento especial na reforma da Previdência, afirma Ana Amélia

10/03/2017, 17h00 - ATUALIZADO EM 10/03/2017, 17h00
Duração de áudio: 02:01
Foto: Gabinete da senadora Ana Amélia

Transcrição
LOC: OS TRABALHADORES RURAIS MERECEM UM TRATAMENTO ESPECIAL NA REFORMA DA PREVIDÊNCIA. FOI O QUE AFIRMOU A SENADORA ANA AMÉLIA, DO PP DO RIO GRANDE DO SUL. LOC: ELA COORDENOU, NESTA SEXTA-FEIRA, UM DEBATE DA COMISSÃO DE AGRICULTURA DO SENADO SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA EM NÃO-ME-TOQUE, MUNICÍPIO QUE FICA NA REGIÃO NORTE DO RIO GRANDE DO SUL. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: Com a reforma da Previdência proposta pelo governo, os trabalhadores rurais terão uma idade mínima de 65 anos para aposentadoria, com 25 anos de contribuição. Na regra atual, o trabalhador rural pode até contribuir, mas a aposentadoria é garantida mesmo para quem nunca pagou a previdência. A senadora Ana Amélia, do PP gaúcho, avalia que o trabalhador rural tem uma rotina desgastante no campo, por isso precisa de um tratamento diferenciado. Ela afirmou que privilégios para outras categorias também devem ser revistos: (ANA AMÉLIA): Como é que nós vamos penalizar apenas o produtor rural ou o aposentado ou trabalhador da indústria e do comércio que recebe pelo regime geral da previdência e você não vai tocar em nenhuma outra área? Veja só, a aposentadoria dos governadores, tem estados como meu, o meu é o segundo em gastos com a aposentadoria de governadores. O governador trabalha quatro anos e ele sai recebendo integral os proventos. Será que é justo isso? Então, são esses temas que você tem que abordar em relação a direitos e deveres da previdência social. (MAURÍCIO): O presidente da Cooperativa Cotrijal, Nei César Manica, concorda que o pequeno produtor rural precisa de uma atenção especial na hora de se aposentar: (NEI CÉSAR MANICA): Nosso produtor é um trabalhador, ele é organizado, ele é consciente e aqui está se fazendo presente para vir aqui e simplesmente reivindicar junto a todos nós seus direitos. O produtor é responsável, mas têm que ser preservados seus direitos e respeitar as suas conquistas. (MAURÍCIO): O debate aconteceu durante a décima-oitava edição da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, cidade gaúcha que fica a 282 quilômetros de Porto Alegre. A feira é uma das maiores do país, reunindo empresas nas áreas de máquinas e equipamentos para a agropecuária, produção vegetal e animal, além de serviços e pesquisas para o aprimoramento do agronegócio. Essa foi a sexta vez consecutiva que a Comissão de Agricultura do Senado promoveu uma audiência pública durante a feira. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.

Ao vivo
00:0000:00