Relatório de acompanhamento fiscal aponta que crise financeira dos estados ainda vai levar tempo para se resolver — Rádio Senado
Economia

Relatório de acompanhamento fiscal aponta que crise financeira dos estados ainda vai levar tempo para se resolver

08/03/2017, 13h34 - ATUALIZADO EM 08/03/2017, 13h34
Duração de áudio: 01:53
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: AINDA VAI LEVAR TEMPO PARA QUE SE RESOLVA A GRAVE CRISE FINANCEIRA ENFRENTADA POR VÁRIOS ESTADOS BRASILEIROS. LOC: ESSA É UMA DAS PRINCIPAIS CONCLUSÕES DO RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO FISCAL DIVULGADO NESTA SEMANA PELO SENADO. MAIS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER FLORIANO FILHO. TEC: Segundo avaliação da Instituição Fiscal Independente, vinculada ao Senado Federal, os estados em situação financeira mais preocupante são Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além do endividamento que chega a ultrapassar 200% da arrecadação anual, esses estados ainda não conseguiram equilibrar a relação entre receitas e despesas a cada mês. O diretor da instituição fiscal, Felipe Salto, também considera preocupante o fato de outros nove estados possuírem desequilíbrios em suas contas mensais, apesar de não terem ainda acumulado um endividamento total tão alto. É uma situação que sobrecarrega ainda mais o peso financeiro sobre a União federativa. Segundo Felipe, a correção do problema ainda vai demorar mesmo com as reformas da Previdência, Trabalhista e Tributária. (Felipe) “Os estados vão demorar ainda para conseguir recuperar uma situação de equilíbrio fiscal, da mesma forma que a União. Porque isso depende da retomada do crescimento econômico, depende da adoção de controles pelo lado da despesa. Enfim, depende de um saneamento das contas públicas. (REP) Para Felipe, o governo central também precisará fazer cortes orçamentários para continuar o esforço de colocar as contas públicas em ordem. Quanto mais efetivas forem as reformas, menos o governo federal precisará cortar em gastos públicos. (Felipe) “Se o governo fizer um contingenciamento orçamentário perto de 40 bilhões (...) aí este ano poderá haver uma contração fiscal moderada. (REP) O valor do corte orçamentário pelo governo federal deverá ser anunciado a partir do dia 22 deste mês.

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