Senado debate inclusão do profissional com notório saber para ministrar aulas no ensino médio — Rádio Senado
Educação

Senado debate inclusão do profissional com notório saber para ministrar aulas no ensino médio

14/02/2017, 14h54 - ATUALIZADO EM 14/02/2017, 14h54
Duração de áudio: 02:02
Arquivo ASCOM/ Osvaldo Nocetti

Transcrição
LOC: A INCLUSÃO DA FIGURA DO PROFISSIONAL COM NOTÓRIO SABER PARA MINISTRAR AULAS NO ENSINO MÉDIO FOI TEMA DE DEBATE NO SENADO. LOC: OS SENADORES SE DIVIDIRAM ENTRE O APOIO À INOVAÇÃO E OS QUE CONSIDERAM A MEDIDA PREJUDICIAL PARA A CATEGORIA DOS PROFESSORES. REPÓRTER ANA BEATRIZ SANTOS. (Repórter) O plenário do Senado aprovou o texto da MP do Ensino Médio no dia 8 de fevereiro. Depois de muitos debates, a maioria do Plenário manteve na MP o item que permite que profissionais sem licenciatura possam lecionar disciplinas técnicas profissionalizantes. A senadora Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo, considerou a inclusão de profissionais com conhecimentos comprovados em sua área, com a classificação de “notório saber”, uma ideia inovadora, que pode aumentar o interesse dos adolescentes pela escola. (Marta Suplicy) “porque é algo muito novo. Por exemplo, um sapateiro que conhece toda a cadeia produtiva, que sabe como fazer, que acaba entendendo mais de sapato do que ninguém. Ele vai poder ser contratado. Isso é interessante, porque junta a prática com a teoria. Também é um ponto a favor”.(Ana) Para a senadora Ângela Portela, do PT de Roraima, a permissão para que profissionais sem licenciatura atuem como professores, é uma afronta para a categoria. Na opinião da senadora, a iniciativa pode causar danos à qualidade do ensino. (Angela Portela) “desprestigiando os profissionais responsáveis pela formação dos nossos jovens, os nossos professores. Foi mantido acesso ao magistério pelo chamado notório saber. Isso significa que pessoas sem formação pedagógica poderão dar aulas, num claro desrespeito a uma das profissões mais importantes para o nosso País” (Repórter) Segundo dados do governo federal, os estados vão receber um repasse extra para poder executar as mudanças previstas na MP. As escolas terão dez anos para implantar o ensino médio de tempo integral, por exemplo. Com a mudança, a carga horária vai passar das 800 horas atuais para mil horas em até cinco anos. O objetivo final é chegar em 1.400 horas de aula por ano. O texto do projeto de Lei de Conversão da Reforma do Ensino Médio aguarda a sanção presidencial. MP 746/2016

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