Comissão de Transparência debate com economistas política cambial do Banco Central — Rádio Senado
Audiência pública

Comissão de Transparência debate com economistas política cambial do Banco Central

29/11/2016, 16h42 - ATUALIZADO EM 29/11/2016, 16h42
Duração de áudio: 02:17
Adriana Corrêa/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE TRANSPARÊNCIA E GOVERNANÇA DISCUTIU A POLITICA CAMBIAL DO BANCO CENTRAL COM ECONOMISTAS. LOC: OS PARTICIPANTES DA AUDIÊNCIA PÚBLICA CRITICARAM A ESPECULAÇÃO QUE ACONTECE A PARTIR DA VARIAÇÃO DO VALOR DO DÓLAR. OS DETALHES COM A REPÓRTER ANA BEATRIZ SANTOS. (Repórter) A comissão de transparência e governança discutiu a política do swap cambial. O “swap cambial” é uma espécie de troca na qual as companhias negociam sobre a variação do dólar com a mediação de uma instituição financeira. O recurso é comum entre grandes empresas que vão buscar dinheiro a juros mais baixos no exterior para financiar seus investimentos no Brasil. Para os participantes da audiência pública, o problema começa quando a especulação com os juros altos fica mais atrativa do que captar recursos para gerar empregos e riqueza no país. Segundo os participantes, a intervenção do Banco Central acontece para evitar a valorização artificial do dólar e acalmar os mercados, mas essa ação imediata de compra e venda do dólar, às vezes gera prejuízos para os cofres públicos. O senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, lamentou que o Banco Central não tenha enviado um representante para esclarecer o tema. (João Capiberibe) “Tanto é que não estava presente na audiência publica, era uma oportunidade de explicar as razoes de suas decisões. Porque o banco central trata de recursos públicos e todos os equívocos e erros feitos pelo branco central, nós é que pagamos”. (Repórter) Para o economista Clodoaldo Batista Neri Junior, o congresso pode elaborar leis que tornem as operações mais transparentes. Uma das formas é exigir que as empresas que tomam dinheiro emprestado no exterior façam uma declaração ao Banco Central e abram mão do seu sigilo bancário. Na opinião dele, a medida pode afastar o especulador que usa o swap cambial para especular. (Clodoaldo Neri) “O poder político teria condições de saber. Essas operações de swap cambial, foram para atender o setor corporativo? Porque o setor corporativo precisa de um colchão de estabilidade financeira pra enfrentar as crises. Mas da forma como esta, sem transparência, isso abre margem para a especulação” (Repórter) Os participantes aproveitaram a audiência para criticar a PEC 55, que estabelece um teto de gastos com despesas primárias do setor público mas não prevê taxações para o setor financeiro para os próximos 20 anos.

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