Presidente da Empresa Brasil de Comunicação anuncia plano de demissão voluntária para reduzir quadro de pessoal — Rádio Senado
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Presidente da Empresa Brasil de Comunicação anuncia plano de demissão voluntária para reduzir quadro de pessoal

O presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Laerte Rímoli, afirmou que a EBC estava sendo utilizada para fins políticos e anunciou um Plano de Demissão Voluntária para reduzir o quadro de pessoal. As declarações foram dadas durante debate sobre a MP 744/2016, que reestrutura a empresa. Para o  relator da MP, senador Lasier Martins (PDT – RS),  é preciso propor novos caminhos para a EBC.

24/11/2016, 13h56 - ATUALIZADO EM 24/11/2016, 14h36
Duração de áudio: 02:34
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PRESIDENTE DA EMPRESA BRASIL DE COMUNICAÇÃO, LAERTE RÍMOLI, AFIRMOU QUE A EBC ESTAVA SENDO UTILIZADA PARA FINS POLÍTICOS E ANUNCIOU UM PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA PARA REDUZIR O QUADRO DE PESSOAL. LOC: AS DECLARAÇÕES FORAM DADAS DURANTE DEBATE SOBRE A MP 744, QUE REESTRUTURA A EBC. REPÓRTER MARCELA DINIZ: TEC: O presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Laerte Rímoli, disse que encontrou a EBC com excesso de pessoal, um rombo de 94 milhões de reais no orçamento e entregue ao grupo político de apoio ao PT, que aprovava contratos caros com jornalistas do mercado, deixando de investir em produções próprias. Sobre a polêmica extinção do Conselho Curador, Rímoli afirmou que o colegiado também tinha um perfil político e disse que é possível pensar em um novo conselho que se limite a opinar sobre a programação: (Rímoli) Um Conselho Curador que realmente cuide de programação e não de invadir a administração, e não de ajudar a aumentar o rombo da empresa, que já é grande. E essa situação de excesso de funcionários nós tentaremos melhorar com o PDV que nós estamos preparando agora. (REP) A nova administração espera a adesão de 600 dos 2 mil 570 funcionários da empresa ao Plano de Demissão Voluntária. O ex-presidente da EBC, Ricardo Melo, disse que o déficit de 94 milhões era uma estimativa de financiamento da empresa. Ele concordou que há inchaços, mas afirmou que 95% dos funcionários são concursados, e não nomeados políticos. Ricardo Melo negou alinhamento político ao PT e afirmou que, ao acabar com o Conselho Curador e transferir o poder de nomeação para a Presidência da República, a MP prejudica o controle social, desconfigura o caráter público e abre caminho para nomeações e exonerações arbitrárias: (Ricardo Melo) Antes da Medida Provisória, para você tirar o Lourival, o nosso diretor de jornalismo, você tinha que passar pelo Conselho Curador, você tinha que ter dois votos de desconfiança. Agora, não! Então, não recomendo que você brigue nem com a Marcela, nem com o Michelzinho. Então, acabou o caráter independente da EBC. (REP) No debate, foram levantadas duas possibilidades de mudanças na legislação: que os indicados ao cargo de presidente da EBC passem a ser submetidos à sabatina do Senado; e que o Conselho Curador seja restituído, mas com menos integrantes. O relator da emepê, senador Lasier Martins, do PDT gaúcho, afirmou que é preciso propor novos caminhos para a EBC: (Lasier) Porque vem sendo uma empresa cara, com altíssimo número de funcionários e com o seu carro-chefe tem audiência mínima. Tentar recuperar essa empresa que ainda não está atingindo todos os seus objetivos, ao menos num dos seus órgãos, que é a TV Brasil. (REP) A Comissão Mista que analisa a MP 744 promoverá mais duas audiências, nos dias 29 de novembro e 1º de dezembro. MP 744/2016

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