Procuradoria da Mulher promove seminário sobre câncer de mama e acessibilidade para realização de exames — Rádio Senado
Outubro Rosa

Procuradoria da Mulher promove seminário sobre câncer de mama e acessibilidade para realização de exames

Como parte da programação do Outubro Rosa, a Procuradoria da Mulher do Senado promoveu um Seminário sobre o Câncer de Mama e a Acessibilidade para a Realização de Exames. A falta de vagas e de preparo para atender mulheres com deficiência na rede pública foram as principais reclamações. A procuradora da Mulher no Senado, senadora Vanessa Grazziottin (PCdoB - AM) manifestou preocupação com os impactos da PEC 241, que está em análise no Congresso.

20/10/2016, 13h23 - ATUALIZADO EM 20/10/2016, 16h58
Duração de áudio: 01:33
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: COMO PARTE DA PROGRAMAÇÃO DO OUTUBRO ROSA, A PROCURADORIA DA MULHER DO SENADO PROMOVEU UM SEMINÁRIO SOBRE O CÂNCER DE MAMA E A ACESSIBILIDADE PARA A REALIZAÇÃO DE EXAMES. LOC: A FALTA DE VAGAS E DE PREPARO PARA ATENDER MULHERES COM DEFICIÊNCIA NA REDE PÚBLICA FORAM AS PRINCIPAIS RECLAMAÇÕES. REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC: Carla Karine da Silva, cadeirante e usuária dos serviços de saúde pública, conta que demorou um ano e meio para conseguir fazer exames de ultrassom na rede pública para confirmar o diagnóstico de câncer de mama. Ela explica que a demora fez com que ela detectasse outro foco da doença na outra mama e procurasse a rede privada, tendo de pagar pelos custos dos exames. A dificuldade não parou por aí. Carla afirma que tanto a rede pública, quanto a rede privada não têm preparação para atender pessoas com deficiência. (CARLA) Como faz a mamografia em pé? Infelizmente eles não estão nem preparados pra fazer os exames que eles perguntam assim pra gente mas você não consegue ficar em pé nem um pouquinho? Infelizmente a gente não fica em pé nem um pouquinho então não tem como fazer. (Paula) Odília de Sousa, do Ministério da Saúde, explicou que o órgão possui uma série de diretrizes sobre acessibilidade e cuidados à mulher com deficiência. Mas afirmou que o fluxo de pessoas e exames devem ser administrados pelas secretarias de saúde. (ODÍLIA) Então eles é que têm que estar regulando esse fluxo ou para a unidade básica de saúde, ou média e alta complexidade. (Paula) Já o coordenador de Promoção de Direitos das Pessoas com Deficiência do DF, Paulo Beck, defendeu que o governo federal precisa adequar as diretrizes à realidade. (PAULO) é um problema de gestão do SUS. O SUS determina que em qualquer lugar que você esteja, você seja atendido. Você é brasileiro e tem essa prerrogativa, mas nós temos que fazer com que a normatização desse sistema se aproxime da realidade. (Paula) A procuradora da Mulher no Senado, senadora Vanessa Grazziottin, do PC do B do Amazonas, manifestou preocupação com os impactos da PEC 241, que está em análise no Congresso. (VANESSA) Nós temos um entendimento de que essa PEC vai subtrair recursos significativos das áreas sociais, da área de saúde, apesar de dizerem que não, mas também da área de saúde. Além de educação, ciência e tecnologia, enfim. (Paula) De acordo com o mastologista e professor do Hospital da Mulher, César dos Santos, a cada três casos de câncer de mama há uma morte. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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