CDH ouve representantes de federações e sindicatos sobre situação de trabalhadores no serviço público

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LOC: A SITUAÇÃO DOS TRABALHADORES DO SERVIÇO PÚBLICO, EM ESPECIAL DOS DA SAÚDE, FOI TEMA DE DEBATE NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO NA TARDE DESTA SEGUNDA-FEIRA. LOC: PARA REPRESENTANTES DE FEDERAÇÕES E SINDICATOS, SERVIDORES E APOSENTADOS DEVEM SE MOBILIZAR CONTRA NOVAS MEDIDAS QUE POSSAM CORTAR DIREITOS DOS TRABALHADORES. REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC: Representantes da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social criticaram a diferença salarial entre aposentados e servidores públicos ativos que atuam em órgãos como Funasa, Anvisa, trabalho e previdência. Segundo os representantes dos servidores, essas categorias possuem a menor tabela salarial do Poder Executivo Nacional. E, ao longo dos anos, afirmaram que aposentados vêm perdendo direitos como anuênios e licenças prêmio. De acordo com a Diretora da Secretaria de Seguridade Social da Fenasps, Cleuza do Nascimento, a situação pode se agravar com a aprovação da PEC 241, que limita os gastos públicos. (CLEUZA) O que a PEC traça para os trabalhadores aposentados é mais um arrocho que os trabalhadores ativos e aposentados paguem essa conta. Além de traçar uma bandeira de lutas juntamente com os parlamentares que queiram abraçar a luta dos trabalhadores é botar o povo na rua e dizer não pra todos os projetos e pra toda essa gama de maldades que vem aí. (Paula) A advogada do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, Paula Ávila Poli, explicou as mudanças e os impactos das emendas constitucionais aprovadas a partir de 98. Na avaliação dela, a busca pela paridade de benefícios entre servidores ativos e aposentados deve continuar. Um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social, Moacir Lopes, lembrou as perdas históricas que os aposentados tiveram ao longo dos anos e a batalha judicial que vem sendo travada para reverter tais perdas. Na opinião dele, a mobilização é fundamental. (MOACIR) Porque se não fizermos uma grande frente de ir pra rua desse país pra dizer o que nós queremos, eles já venceram. Porque pra eles aqui não importa o nosso desejo, não importa a nossa necessidade. Pra eles aqui importa vender o estado e nós não nos renderemos. (Paula) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, presidente da Comissão de Direitos Humanos, reafirmou suas críticas às reformas sugeridas como a PEC 241, que estipula um limite de gastos públicos, inclusive no que se refere a reajustes de salários dos servidores. Ele falou da importância da população se mobilizar e exigir dos políticos a rejeição da proposta. (PAIM) Eu fui constituinte e de lá pra cá já foi aprovada mais de 20 emendas e todas elas pra retirar direito. Nós temos que valorizar cada vez mais o nosso voto, fazer com que ele perceba que quem votar nessa 241, por exemplo, não terá o nosso voto. (Paula) A PEC 241 está sob analise da Câmara dos Deputados e, se aprovada em dois turnos, segue para o Senado. Da Rádio Senado, Paula Groba.