Senado pode votar projeto que cria o Dia Nacional de Combate a Sífilis — Rádio Senado
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Senado pode votar projeto que cria o Dia Nacional de Combate a Sífilis

Está pronto para ser votado no Plenário do Senado o projeto de lei que institui o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita a ser lembrado sempre no terceiro sábado de outubro. Para o senador Eduardo Amorim (PSC – SE), que apresentou o relatório sobre a proposta na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE), é inadmissível que uma doença de fácil identificação e tratamento continue causando tantos malefícios. A proposta já passou na Câmara dos Deputados e, se aprovada no Senado, seguirá para sanção presidencial.

14/10/2016, 13h24 - ATUALIZADO EM 14/10/2016, 14h02
Duração de áudio: 02:19
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: ESTÁ PRONTO PARA SER VOTADO NO PLENÁRIO O PROJETO DE LEI QUE INSTITUI O DIA NACIONAL DE COMBATE À SÍFILIS E À SÍFILIS CONGÊNITA SEMPRE NO TERCEIRO SÁBADO DE OUTUBRO. LOC: A PROPOSTA JÁ PASSOU NA CÂMARA DOS DEPUTADOS E, SE APROVADA NO SENADO, SEGUIRÁ PARA SANÇÃO PRESIDENCIAL. REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: (Repórter) O projeto de lei é de autoria do deputado Chico D’Angelo, do PT do Rio de Janeiro, e institui do Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita. Gestores e profissionais da Saúde vão conscientizar as pessoas da importância do diagnóstico e do tratamento na gestante durante o pré-natal e, em ambos os sexos, como doença sexualmente transmissível. A Sociedade Brasileira de Pediatria alerta que o avanço dos casos de sífilis no Brasil já configura uma epidemia. Segundo o Ministério da Saúde, de 2010 a 2015, a taxa entre as gestantes cresceu de 3,7 para 11,2 para cada mil nascidos vivos. No caso da sífilis congênita, quando o bebê é contaminado pela mãe via placenta, o índice aumentou de 2,4 para 6,5. Só em 2015 foram registrados 40 mil casos de sífilis congênita. O senador Eduardo Amorim, do PSC de Sergipe, que apresentou o relatório sobre a proposta na Comissão de Educação, ressaltou que é inadmissível que uma doença de fácil identificação e tratamento continue causando tantos malefícios. (Eduardo Amorim) “Essa doença infecciosa, tão temida em séculos passados, já tem há várias décadas meios para ser diagnosticada e tratada com eficiência. Mesmo assim, contamina milhões de pessoas dos países em desenvolvimento. A transmissão se dá principalmente pelas relações sexuais, por transfusão de sangue, com sangue contaminado, e, no caso da sífilis congênita, da gestante para o seu filho, uma das formas mais graves, podendo causar má formação do feto”. (Repórter) A Sociedade brasileira de Pediatria recomenda a ampliação do acesso das gestantes a programas de pré-natal com acompanhamento médico para o diagnóstico e a prescrição de tratamento; garantia de acesso a exames de detecção da doença; formação de equipes multidisciplinares para assegurar cuidados e dar continuidade à terapia para cada situação; e o fornecimento de penicilina para tratar as gestantes, parceiros e crianças. Depois de votada no Plenário do Senado, a proposta segue para sanção presidencial.

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