MEC e Inep divulgam o resultado do Enem 2015 — Rádio Senado
Educação

MEC e Inep divulgam o resultado do Enem 2015

O Ministério da Educação e o INEP divulgaram o resultado do Enem 2015. No ranking das cem escolas com melhor resultado, 97 são particulares. Mas a maioria dos institutos e centros de educação tecnológica federais não foram incluídos, o que deve levar a um novo cálculo das médias. Para os senadores, os indicadores do Enem são um termômetro e a melhoria da educação passa pela qualificação de professores. A senadora Fátima Bezerra (PT – RN) cobra esclarecimentos do Ministério da Educação sobre a exclusão das escolas técnicas do resultado. Na avaliação do senador Cristovam Buarque (PPS – DF) a realidade pode ser pior do que os números do Enem demonstram, uma vez que o exame não abrange a totalidade dos estudantes.

07/10/2016, 14h32 - ATUALIZADO EM 06/06/2024, 09h45
Duração de áudio: 02:46

Transcrição
LOC: O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E O INEP DIVULGARAM O RESULTADO DO ENEM 2015. NO RANKING DAS CEM ESCOLAS COM MELHOR RESULTADO, 97 SÃO PARTICULARES. MAS A MAIORIA DOS INSTITUTOS E CENTROS DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA FEDERAIS NÃO FORAM INCLUÍDOS, O QUE DEVE LEVAR A UM NOVO CÁLCULO DAS MÉDIAS. LOC: PARA OS SENADORES, OS INDICADORES DO ENEM SÃO UM TERMÔMETRO E A MELHORIA DA EDUCAÇÃO PASSA PELA QUALIFICAÇÃO DE PROFESSORES. REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC. (Repórter): O resultado do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, divulgado no dia quatro de outubro, mostrou a desigualdade entre escolas públicas e particulares. Na lista das 100 melhores apenas três são públicas. Mas 96% dos institutos e centros de educação tecnológica federais não foram incluídos no cálculo. Das 275 unidades que estavam na divulgação do Enem de 2014, apenas 12 foram incluídas. A senadora Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, quer esclarecimentos do Ministério da Educação sobre a exclusão das escolas técnicas do resultado: (FÁTIMA) “Por que excluíram os institutos federais do Enem 2015. Será que isso tem a ver com a Medida Provisória 746, que quer, de cima para baixo, através de um ato impositivo, restritivo, reformular o ensino Médio? Meu Deus! Por que o governo não reconhece a experiência exitosa, repito, esse patrimônio do povo brasileiro, que é a rede federal de educação profissional e tecnológica”. (Repórter): Na avaliação do senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, a realidade pode ser pior do que os números do Enem demonstram, uma vez que o exame não abrange a totalidade dos estudantes. Cristovam considera os indicadores do Enem como um termômetro para se saber como vai a educação brasileira. (CRISTOVAM) “É como se estivéssemos medindo uma escala de terremoto social. Nós estamos caminhando para sermos um país absolutamente atrasado em matéria de conhecimento e, além disso, de extrema desigualdade educacional, que vai levar a todas as outras desigualdades, num processo de desintegração, se não fizermos uma revolução da educação. Eu não vejo outra maneira a não ser um processo que substitui o atual sistema por um sistema federal de educação”. (Repórter): Para a senadora Regina Souza, do PT do Piauí, que é professora, para melhorar os índices educacionais é preciso melhorar a escola pública e qualificar os professores. (REGINA) “O primeiro objetivo cumprido: a universalização. Todo mundo tem direito à escola. 99% está na escola. Agora, é a hora da qualidade, passando, inclusive. O que eu considero um indicador muito importante é o ensinar, é a formação de professores. As nossas universidades formam professores conteudistas, que aprendem a matéria, mas não aprendem a ensinar. E também tem as condições econômicas do Estado de oferecer escolas públicas de qualidade, que seja mais atrativa, que o aluno se sinta; um lugar que ele vai com prazer, com gosto”. (Repórter): Os resultados do Enem foram calculados para as escolas em que pelo menos metade dos estudantes do terceiro ano do ensino médio tenham feito a prova. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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