CRA debate cadeia nacional de produção de laticínios — Rádio Senado
Audiência pública

CRA debate cadeia nacional de produção de laticínios

07/10/2016, 19h40 - ATUALIZADO EM 07/10/2016, 19h40
Duração de áudio: 02:17
cidasc.sc.gov.br

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE AGRICULTURA DISCUTIU NESTA SEXTA-FEIRA A CADEIA NACIONAL DE PRODUÇÃO DE LATICÍNIOS E SEUS DERIVADOS. LOC: A IMPORTAÇÃO DE LEITE DO URUGUAI E A REIDRATAÇÃO DO LEITE EM PÓ NO NORDESTE FORAM OS PRINCIPAIS PONTOS LEVANTADOS PELOS PARTICIPANTES. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) Os participantes da audiência discutiram os problemas que afetam a cadeia de produtos lácteos no Brasil. Entre eles, uma portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária que autorizou indústrias de laticínios da área da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste a reconstituir leite em pó para a produção de leite longa vida e leite processado. A justificativa para a chamada reidratação é que estaria faltando matéria-prima na região. Os participantes também alegam uma concorrência desleal com o produto importado do Uruguai, favorecido pelas relações do MERCOSUL. O país vizinho não possui limites para a venda no Brasil, a exemplo do que acontece com a Argentina. Ao defender o debate sobre o tema, a presidente da Comissão de Agricultura, senadora Ana Amélia, do PP gaúcho, disse que o impacto para os produtores do setor lácteo tem sido duro. (Ana Amélia) “Um debate que interessa sim a todos. Não só aos produtores de leite, mas aos consumidores de leite e produtos derivados e que também envolve aqui questões muito sérias: questões sociais, questões econômicas, questões da relação diplomática comercial com nossos parceiros do Mercosul, não só Uruguai, mas Argentina, porque também exporta leite para o Brasil. ” (Repórter) O presidente do Sindicado da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul, Alexandre Guerra, sugeriu a criação de cotas para produtos estrangeiros que seriam acionadas apenas quando houvesse falta de leite no mercado brasileiro. Ele também defendeu a realização de compras governamentais para enxugar o excesso de produtos no mercado. (Alexandre Guerra) “Nós não somos contra que importe. Mas nós queremos ter pesos e volumes para nós não sermos surpreendidos. Um mês só veio 15 mil toneladas de produtos. Os exageros criam esses desequilíbrios. Talvez uma ação do Governo de fazer compras de leite em pó, longa vida, para ajudar a tirar esse excedente que tem no mercado. ” (Repórter) Segundo o Sindicato, até o mês de agosto, o Brasil aumentou 80% da importação de produtos lácteos e teve queda de 30% nas exportações, em relação a 2015. Também participaram do debate o representante do Ministério das Relações Exteriores, Daniel Leitão, e o presidente da Aliança Láctea Sul Brasileira, Jorge Rodrigues, entre outros.

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