Inflação deve voltar à meta de 4,5% em 2017, aponta presidente do BC — Rádio Senado
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Inflação deve voltar à meta de 4,5% em 2017, aponta presidente do BC

A inflação deve voltar à meta de 4,5% ao ano em 2017. A previsão foi feita na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) pelo presidente do Banco Central Ilan Goldfajn. O presidente do BC defendeu a autonomia da instituição e a aprovação de reformas para permitir a retomada da confiança e do crescimento da economia. Os senadores da oposição discordaram da avaliação e cobraram uma redução mais acentuada dos juros. Para a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB – AM), as reformas em debate no Congresso podem agravar a crise econômica. Já o senador Flexa Ribeiro (PSDB – PA)  elogiou a recente atuação do Banco Central para superar a crise e disse que os juros só devem cair quando o país tiver as condições possíveis.

04/10/2016, 14h04 - ATUALIZADO EM 04/10/2016, 14h18
Duração de áudio: 02:49
Geraldo Magela / Agência Senado

Transcrição
LOC: A INFLAÇÃO DEVE VOLTAR À META DE QUATRO E MEIO POR CENTO AO ANO EM 2017. A PREVISÃO FOI FEITA NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DO SENADO PELO PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL LOC: ILAN GOLDFAJN (ÍLAN GOLDFÁIN) DEFENDEU A AUTONOMIA DA INSTITUIÇÃO E A APROVAÇÃO DE REFORMAS PARA PERMITIR A RETOMADA DA CONFIANÇA E DO CRESCIMENTO DA ECONOMIA. REPÓRTER GEORGE CARDIM. TÉC: O presidente do Banco Central do Brasil, Ilan Goldfajn, disse que a economia brasileira dá sinais de estabilidade e os indicadores apontam para a retomada da confiança. Ele reafirmou o compromisso com o chamado tripé macroeconômico do real, com responsabilidade fiscal, controle da inflação e o regime de câmbio flutuante. Ilan defendeu que o Brasil deve aproveitar os sinais de recuperação no cenário internacional para buscar o crescimento da economia e aprovar as reformas necessárias, como a PEC que limita os gastos do governo. O ministro anunciou que o controle da inflação é uma prioridade e a taxa deve voltar ao centro da meta de 4,5 por cento ao ano em 2017. Goldfajn também argumentou que a redução da inflação é fundamental para favorecer a diminuição dos juros básico, mas não há uma “cronograma” para o corte. (Ilan) “Reafirmo o firme compromisso do COPOM com o controle da Inflação em todo o horizonte relevante para a política monetária. Este horizonte abrange os anos calendários com metas já definidas, inclusive o ano de 2017, para o qual o Copom persegue a convergência para a meta de 4,5%” (Cardim) Os senadores da oposição discordaram da avaliação e cobraram uma redução mais acentuada dos juros. Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, disse que as reformas em debate no Congresso podem agravar a crise econômica. (Vanessa) “Quais são as reformas estruturantes? Aprovação da PEC 241, limitação dos gastos públicos. Reforma na Previdência Social, dificultando mais o acesso de trabalhadores e trabalhadoras à aposentadoria. Qual a outra reforma, desvincular os benefícios do salário mínimo. Isso tudo vai tirar dinheiro de circulação” (Cardim) O senador Flexa Ribeiro, do PSDB do Pará, elogiou a recente atuação do Banco Central para superar a crise e disse que os juros só devem cair quando o país tiver as condições possíveis (Flexa)“Não há dúvida que o tripé que o Banco Central persegue, no sentido para se restabeleça o equilíbrio fiscal e inflacionário do nosso país e do regime de câmbio flutuante foi o que levou o Brasil ao caminho da credibilidade e do desenvolvimento” (Cardim) O presidente do BC também apontou a solidez do sistema financeiro e defendeu que o governo deve apresentar um projeto que assegure a autonomia do Banco Central. Da Rádio Senado, George Cardim.

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