MP que propõe reforma no ensino médio recebe quase 600 emendas de parlamentares

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LOC: A MEDIDA PROVISÓRIA QUE PROPÕE UMA REFORMA NO ENSINO MÉDIO BRASILEIRO RECEBEU QUASE 600 EMENDAS DE PARLAMENTARES DESDE QUE CHEGOU AO CONGRESSO NACIONAL. LOC: SÓ DO SENADO JÁ SÃO QUASE CEM SUGESTÕES. A COMISSÃO MISTA QUE VAI DEBATER O ASSUNTO SERÁ INSTALADA NESTA QUARTA-FEIRA, COMO INFORMA A REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC (Repórter) Noventa e quatro parlamentares apresentaram emendas para modificar o texto do governo que propõe uma reforma no ensino médio. Foram 568 emendas apresentadas, 94 delas por 13 senadores. A senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, apresentou o maior número de sugestões: 19 emendas. Entre elas, a que retira o artigo que trata da formação profissional dos professores. Pela MP será possível contratar profissionais com “notório saber” na matéria a ser ministrada, sem a necessidade de formação acadêmica específica em curso de nível superior. Outros senadores também apresentaram sugestões que modificam este item da proposta, como os senadores Lasier Martins, do PDT do Rio Grande do Sul, e José Pimentel, do PT do Ceará. O senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, é favorável à ideia do governo, mas defende a exigência de formação específica em disciplinas como matemática e física. Cristovam ainda quer modificações referentes a transferências de recursos federais para as escolas. Ele considera o prazo de quatro anos curto e sugere que os repasses continuem até a implementação total do ensino integral. (CRISTOVAM) Vai transferir dinheiro ao longo de todo o tempo que for necessário o dinheiro federal. E eu pessoalmente acho que vai ser difícil colocar os municípios como responsáveis pelos gastos da educação. Esse gastos que o governo federal pela MP já está mantendo. (Repórter) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, propôs uma emenda que revoga a Medida Provisória, por considerar a iniciativa antidemocrática. Paim ainda apresentou outras nove emendas suprimindo artigos, como o que trata da retirada do ensino de educação física como disciplina obrigatória. (PAIM) Isso vai causar demissão em massa. E eu fui um dos construtores, do projeto que regulamentou a profissão de professor de Educação Física. A questão da saúde, do lazer, do domínio do corpo. Tudo isso agora não é mais obrigatório nas escolas. É como se a saúde e a vida não interessassem. Interessa só o conhecimento. (Repórter) Antes de passar pelo plenário, a Medida Provisória será analisada por uma comissão mista. Pelo rodízio entre as Casas, a relatoria ficará com o Senado e a presidência da comissão com a Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Paula Groba.