Ana Amélia defende que CRE priorize debate sobre atual situação da Colombia — Rádio Senado
Tratado de paz

Ana Amélia defende que CRE priorize debate sobre atual situação da Colombia

03/10/2016, 18h25 - ATUALIZADO EM 03/10/2016, 20h36
Duração de áudio: 01:52
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DO SENADO PRECISA DAR PRIORIDADE AO DEBATE SOBRE A SITUAÇÃO NA COLÔMBIA, ONDE UM PLEBISCITO REJEITOU O ACORDO DE PAZ COM AS FORÇAS ARMADAS REVOLUCIONÁRIAS, AS FARC. LOC: A OPINIÃO É DA SENADORA ANA AMÉLIA, PARA QUEM AS FRONTEIRAS DO BRASIL COM A COLÔMBIA E COM A VENEZUELA TORNAM O ASSUNTO AINDA MAIS RELEVANTE. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) Se o acordo de paz fosse confirmado no plebiscito, teria encerrado oficialmente uma guerra na Colômbia que dura há 52 anos. O conflito já matou mais de 250 mil pessoas e desalojou outras seis milhões. O quadro provocou entre os desabrigados e vítimas da guerrilha uma crise humanitária de grandes proporções na América Latina. O governo do presidente colombiano Juan Manuel Santos tinha esperança que a população confirmasse o acordo mediado em Havana, Cuba. O professor Roberto Menezes, coordenador do Núcleo de Estudos Latino-Americanos do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, também esperava a confirmação do acordo no plebiscito. Mas sabia que algumas cláusulas eram polêmicas. Uma delas permitia o perdão de acusados por tortura e estupros. (Roberto Menezes) De fato, os familiares que tiveram parentes sequestrados e depois mortos, ou até hoje nem tiveram acesso aos seus corpos, é um passo muito difícil para a Colômbia e para os colombianos. (Repórter) Para a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, o resultado do plebiscito deixou claro que a população colombiana quer ter maior participação sobre um possível acordo de paz com as FARC. Ela afirmou que a questão é muito relevante para a América Latina e para o Brasil, que precisa debater o assunto mais profundamente. (Ana Amélia) Vamos na Comissão de Relações Exteriores do Senado também dar prioridade a este tema, dada a proximidade de fronteira que temos com a Colômbia e com a Venezuela. (Repórter) Após o resultado do plebiscito, uma das possibilidades é retomar o diálogo entre o governo colombiano e os líderes revolucionários, renegociando cláusulas polêmicas do acordo.

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