Desaparecimento de crianças e adolescentes poderá ser divulgado pelo poder público no horário nobre na televisão

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LOC: O DESAPARECIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES PODERÁ SER DIVULGADO PELO PODER PÚBLICO NO HORÁRIO NOBRE DA TELEVISÃO. LOC: PROJETO COM ESSE OBJETIVO FOI APROVADO PELA COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA E AGORA SEGUE PARA A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC: A proposta obriga o poder público a divulgar o desaparecimento de crianças e adolescentes em emissoras de TV nos intervalos da programação entre 18 e 22 horas. A divulgação deve incluir fotografias dos desaparecidos e ser veiculada com, no mínimo, um minuto de duração. O presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, senador Lasier Martins, do PDT do Rio Grande do Sul, observou que é grande o número de desaparecidos. (LASIER) “Quarenta mil crianças e adolescentes desaparecidos por ano. O número é assombroso!”. (Iara): E o índice de registros no Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos é muito baixo, conforme observou o senador Flexa Ribeiro, do PSDB do Pará. (FLEXA) “O cadastro ainda não se consolidou como ferramenta para o enfrentamento da questão do desaparecimento de crianças e adolescentes. Atualmente, existem apenas 370 casos cadastrados, em 20 estados, dos quais, apenas quatro foram solucionados. Ao tornar obrigatória a divulgação na televisão das informações constantes no Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos irá estimular o seu uso, tornando-o mais efetivo e operante”. (Iara): A proposta original do senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, obrigava as empresas de televisão a fazerem a divulgação gratuita ou distribuindo o custo na publicidade de grandes anunciantes, como cervejarias. O financiamento público desses anúncios foi inserido por emenda. O senador Cristovam ressaltou que o desaparecimento de um filho é muito doloroso. (CRISTOVAM) “Enquanto nós estamos discutindo isto aqui, pelo menos, duas ou três crianças desapareceram no Brasil. Saíram para andar de bicicleta e não voltaram; escaparam da mão da mãe numa feira e não foram reencontradas; foram para a escola e não estão de volta. Essa é uma dor que, segundo dizem, pode ser pior do que a morte de um filho. Porque na morte você tem um período de luto. E esse é um luto permanente”. (Iara): A proposta agora segue para Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.