CDH debate terceirização e condições de trabalho no setor aeroviário

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LOC: A TERCEIRIZAÇÃO E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO SETOR AEROVIÁRIO FORAM TEMA DE DEBATE NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS NESTA TERÇA-FEIRA. LOC: A AUDIÊNCIA PÚBLICA CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DE REPRESENTATES DE SINDICATOS, AUTORIDADES E TRABALHADORES TERCEIRIZADOS. REPÓRTER THIAGO MELO. TÉC (Repórter) “A crise política, econômica, social e ética no Brasil à luz dos direitos humanos”- com foco na terceirização no Setor Aeroviário. Esse foi o tema de audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos. As principais discussões foram em relação às condições trabalhistas de terceirizados do setor com funções nas áreas de engenharia, transportes, manutenção e atendimento. Também foi apresentado um levantamento feito pelo Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, o CESIT, envolvendo aeroportos das regiões de Guarulhos, Brasília e Fortaleza, feito com 500 trabalhadores e que apontou salários inferiores para os terceirizados, jornadas de trabalho excedentes, sem horas-extras, e falta de segurança no ambiente de trabalho. Fatores que o presidente da Comissão, o senador Paulo Paim, do PT gaúcho, comparou ao regime escravo. (Paulo Paim) É voltar na época que a gente não tinha CLT, não tinha trabalhadores e querem voltar para um regime praticamente de escravidão. (Repórter): Durante o debate, o secretário geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística, Nilton Oliveira, denunciou as condições precárias nas quais os trabalhadores aeroviários trabalham e ressaltou a diferença dos salários entre efetivos e terceirizados que exercem as mesmas funções. (Nilton Oliveira) Eu poderia falar aqui várias horas sobre o problema que nos afeta que é a questão das empresas terceirizadas, as auxiliares em transporte aéreo, que vem ai explorando cada vez mais os trabalhadores, precarizando e chega ser análogo a escravidão o trabalho que acontece nesses aeroportos. (Repórter) Participaram da audiência representantes do Ministério Público, do Ministério do Trabalho, da Federação Nacional dos Trabalhadores na Aviação Civil, além de trabalhadores terceirizados da categoria. Da Rádio Senado, Thiago Melo.