Renan se declara arrependido após discussão no Plenário — Rádio Senado
Julgamento do Impeachment

Renan se declara arrependido após discussão no Plenário

26/08/2016, 20h31 - ATUALIZADO EM 26/08/2016, 20h31
Duração de áudio: 02:15
Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: PRESIDENTE DO SENADO SE DECLARA ARREPENDIDO APÓS DISCUSSÃO NO PLENÁRIO DEPOIS DE PEDIR BOM SENSO DOS PARLAMENTARES. LOC: SENADORA CITADA MINIMIZA DESENTENDIMENTO AO AFIRMAR QUE O ASSUNTO É PÁGINA VIRADA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Após quase duas horas de discussões, apesar de a primeira testemunha do dia estar a postos, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, fez uso da palavra para fazer um apelo ao Plenário. Ele declarou que aqueles debates, que se transformaram em embates, retiravam do Senado a condição de se afirmar como uma instituição verdadeiramente representante da sociedade. Disse que o confronto político na fase jurídica de oitiva de testemunhas não favorece nenhum dos lados. E respondeu à declaração da senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, de que o Senado não tem moral para julgar Dilma Rousseff. Ele argumentou que a crítica não poderia partir de uma parlamentar que contou com o auxílio do Senado em inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Ao negar ingerência, explicou que a advocacia da Casa recorreu contra uma operação de busca e apreensão no apartamento funcional da petista por investigações contra o marido dela, o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Renan destacou que as intervenções do Senado são impessoais, transparentes e ditadas pelo dever funcional de defender a Instituição e as prerrogativas do mandato parlamentar. Após uma confusão no Plenário, Renan Calheiros se disse arrependido de ter caído numa provocação após se manter isento ao longo de todo o processo. (Renan Calheiros) Eu tenho procurado ter a melhor interlocução e convivência com todos e achei desproporcional aquela provocação e reagi. Quando isso acontece me arrependo demais e tenho uma brutal ressaca no dia seguinte. (Repórter) Gleisi Hoffmann minimizou o desentendimento com Renan Calheiros e esclareceu que o Senado é obrigado a se manifestar em casos de investigação contra senadores. (Gleisi Hoffmann) Nunca pedi ao senador Renan para interferir em nenhum processo meu, sempre foi institucionalmente. Acredito que ele estava nervoso e falou o que falou. Mas acho que já esclareceu com a nota que soltou. (Repórter) Logo após a suspensão da sessão, os senadores Jorge Viana, do PT do Acre, e Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, costuraram um acordo para o Plenário retomar o interrogatório das testemunhas de defesa no segundo dia de oitivas.

Ao vivo
00:0000:00