João Capiberibe ressalta importância do combate às queimadas nas florestas brasileiras — Rádio Senado

João Capiberibe ressalta importância do combate às queimadas nas florestas brasileiras

07/07/2016, 17h58 - ATUALIZADO EM 07/07/2016, 18h34
Duração de áudio: 02:25
Renato Araújo/Agência Brasil

Transcrição
LOC: OS REFLEXOS DO FENÔMENO EL NIÑO QUE ATINGE O PLANETA DESDE O ANO PASSADO PODE AUMENTAR OS INCÊNDIOS NAS FLORESTAS BRASILEIRAS. LOC: A PREVISÃO FOI FEITA PELA NASA E PREOCUPA O SENADOR JOÃO CAPIBERIBE, DO PSB DO AMAPÁ. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. TEC: O El Niño que atinge a Terra desde o ano passado tem aumentado a temperatura das águas do Oceano Pacífico. As consequências no Brasil são a diminuição do volume de chuvas e o consequente ressecamento do solo. A região Nordeste sofre uma das maiores secas da história e as regiões Norte e Centro-Oeste estão ameaçadas por grandes incêndios. Por conta de seguidas contenções de verbas, o Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente – o IBAMA – tem reduzido o número de brigadistas contratados para os períodos de incêndios florestais. O senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, está preocupado com a possibilidade de não haver número suficiente de brigadistas para combater o fogo: (CAPIBERIBE): As queimadas, os focos de incêndio na Amazônia, vem crescendo a cada ano. Regiões inteiras, inclusive áreas de preservação, reservas biológicas, têm passado por incêndios tremendos. E isso com o IBAMA com pessoal preparado e treinado. E agora, com a redução de pessoal do IBAMA, eu tenho a impressão que nós vamos ter uma verdadeira tragédia na Amazônia. (PENNA): O combate aos incêndios florestais tornou-se parte da política de meio ambiente brasileira desde a década de 1980, quando as queimadas passaram a ser monitorados por satélites meteorológicos. Nos anos de 2008 e 2009, o IBAMA chegou a ter mais de 2 mil e 100 brigadistas. Entretanto, esse número tem sido reduzido anualmente e agora, em 2016, o IBAMA está contratando apenas 810 brigadistas. Capiberibe alerta que, nos anos em que os rios Amazonas, Negro e Solimões baixam muito, a seca e os incêndios costumam ser fortes: (CAPIBERIBE): Até mesmo o rio Amazonas secou. Em 2005 nós tivemos uma região do estado do Amazonas em que o rio secou. E as pessoas ficaram isoladas, e os incêndios se proliferaram de uma maneira dramática. No caso do Amapá, há 2 anos atrás, uma reserva biológica que ficou, incendiou e ficou queimando semanas e semanas e não tinha pessoal qualificado preparado e equipamento para apagar o incêndio. (PENNA): O monitoramento de focos de incêndios realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE - aponta que o primeiro semestre de 2016 foi o pior já registrado desde o início do levantamento. Quase todos os meses superaram as temperaturas máximas históricas. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.

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