Ministro da Educação se manifesta contrário ao movimento Escola sem Partido
![](https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2016/07/06/ce-recebe-ministro-da-educacao-que-se-manifesta-contrario-ao-movimento-escola-sem-partido/ce-comissao-de-educacao-pedro-franca/@@images/997f7bba-7b93-454a-9e5f-190ce8f8e1bb.jpeg)
Transcrição
LOC: O MINISTRO DA EDUCAÇÃO SE MANIFESTOU CONTRÁRIO AO MOVIMENTO “ESCOLA SEM PARTIDO”, QUE TEM O OBJETIVO DE COMBATER UMA SUPOSTA DOUTRINAÇÃO “DE ESQUERDA” NAS SALAS DE AULA.
LOC: MENDONÇA FILHO PARTICIPOU DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E DISSE QUE, APESAR DO SEU POSICIONAMENTO, RESPEITA A OPINIÃO DOS PARLAMENTARES QUE APÓIAM A IDÉIA. REPÓRTER MARCELA DINIZ:
TEC: (Repórter): Dois projetos de lei em análise na Câmara dos Deputados têm como objetivo incluir, nas Diretrizes e Bases da Educação, o Programa “Escola Sem Partido”, movimento da sociedade civil que atua contra uma suposta “doutrinação política” dos alunos, por parte de professores. Um terceiro projeto em pauta na Câmara tipifica o crime de “assédio ideológico” em sala de aula, prevendo penas de até um ano de prisão, mais multa, ao assediador. Na audiência pública da Comissão de Educação do Senado com o ministro Mendonça Filho, a senadora Ângela Portela, do PT de Roraima, demonstrou preocupação com a formação crítica dos estudantes e com o constrangimento do debate sobre temas como a diversidade sexual e de gênero, caso propostas como essas avancem no legislativo:
(Ângela) O PL 867, que tem, ainda, versões estaduais e municipais, tramita apensado a outros projetos que também ameaçam a educação escolar e criminalizam a prática docente.
(Repórter) Mendonça Filho disse que respeita o direito dos parlamentares apresentarem projetos com esse objetivo, mas afirmou que, pessoalmente, é contra o que chamou de “tribunal de opinião”:
(Mendonça) Eu acho que a pluralidade e a amplitude, a liberdade de expressão, a liberdade de conhecimento, espero que você possa acessar o conhecimento sobre Liberalismo, sobre Marxismo, sobre todas as correntes de pensamento, de acordo com o currículo escolar. Eu acho que nós não vamos resolver essa questão criminalizando o professor, sinceramente, acho que não seja esse o caminho.
(Repórter) Em 2015, a Assembléia Legislativa de Alagoas provocou polêmica ao aprovar uma lei que pune professores acusados de influenciar politica, religiosa ou ideologicamente, seus alunos. O governo do Estado chegou a vetar o texto, mas, em abril deste ano, o veto foi derrubado pelos deputados estaduais. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.