Decisão do STF de transformar Jair Bolsonaro em réu repercute no Senado

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LOC: DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DE TRANSFORMAR EM RÉU O DEPUTADO JAIR BOLSONARO REPERCUTE NO SENADO. LOC: O PARLAMENTAR DO PSC DO RIO DE JANEIRO É ACUSADO DE INCITAÇÃO AO CRIME DE ESTUPRO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: A decisão do STF de abrir duas ações penais contra Jair Bolsonaro, por injúria e apologia ao crime de estupro, atende a um pedido feito pela Procuradoria Geral da República. Em 2014, o deputado disse que a colega deputada Maria do Rosário, do PT gaúcho, não merecia ser estuprada por ele. E repetiu as mesmas palavras no plenário da Câmara: (JAIR BOLSONARO) fica aí, Maria do Rosário. Fica. Há poucos dias tu me chamou de estuprador no salão verde e eu falei que não estuprava você porque você não merece. Fica aqui para ouvir. (REPÓRTER): A decisão do STF de transformar Jair Bolsonaro em réu foi comemorada pelo senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro: (LINDBERGH FARIAS): O que esse deputado Jair Bolsonaro tem feito não é qualquer coisa. Posições machistas, de agressões às mulheres, de agressões a homossexuais, ao movimento LGBT, então, sinceramente, o STF merece parabéns por essa decisão. É useiro e vezeiro no desrespeito. Transforma o parlamento brasileiro num ridículo. Se o STF tomou essa decisão não foi por falta de motivo dados pelo deputado Bolsonaro. (REPÓRTER): Para o ministro Luiz Fux, relator do caso, a fala de Bolsonaro representa desprezo pelas vítimas de estupro, no sentido de que teriam sido violentadas porque mereceriam. Mas, na avaliação do senador José Medeiros, do PSD de Mato Grosso, Jair Bolsonaro tem imunidade parlamentar e não pode ser processado por ter emitido uma opinião: (JOSÉ MEDEIROS) Vejo com muita tristeza que o STF tenha assim decidido. Eu não vou entrar no mérito. Aliás, acho deplorável o que ele disse ali, mas eu penso que o parlamento tem que estar livre, em que pese as palavras dele serem deploráveis e censuráveis, o parlamento não pode ficar cerceado de omitir as suas opiniões. (REPÓRTER): Se for condenado, Bolsonaro pode ser punido com pena de 3 a 6 meses de prisão, mais pagamento de multa. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.