ILB promove debate sobre desafios e perspectivas para o transporte e a logística

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LOC: OS DESAFIOS E AS PERSPECTIVAS PARA O TRANSPORTE E A LOGÍSTICA FORAM DISCUTIDOS NESTA SEGUNDA-FEIRA NO PAINEL ORGANIZADO PELO INSTITUTO LEGISLATIVO BRASILEIRO. LOC: OS SENADORES CRITICARAM A FALTA DE PLANEJAMENTO EFICIENTE PARA O SETOR. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) O Brasil tem mais de 41 mil quilômetros de rios navegáveis, mas só utiliza 21 mil. São 29 mil quilômetros de ferrovias, mas menos de 13 mil operam e praticamente em transporte exclusivo de cargas. E, mesmo concentrando sua opção de transporte nas rodovias, dos mais de 1 milhão e 600 mil quilômetros que existem no país, apenas 213 mil estão asfaltados. Para debater soluções para essa situação num período em que os investimentos governamentais se tornam escassos, o Instituto Legislativo Brasileiro organizou em Brasília um painel com senadores, empresários, Banco do Brasil, BNDES e pesquisadores. Presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, criticou a falta de planejamento e o abandono de grandes projetos, causando prejuízos de bilhões de reais ao país: (Ana Amélia) O Brasil viver a síndrome da falta de planejamento. Isso custa muito caro a todos brasileiros, que cada vez pagam mais impostos e recebem de volta menos serviços. É o caso da logística do escoamento de safra. Nós não temos um modal competente entre rodovia, ferrovia e transporte fluvial. E também pelo que sucedeu-se – Operação Lava-Jato – fez com que fossem parados todos os investimentos da Petrobrás, afetando diretamente o pólo naval que está paralisado. São bilhões de investimentos que estão agora enferrujando. (Repórter) O senador Wellington Fagundes, do PR de Mato Grosso, que preside a Comissão Senado do Futuro, além de também criticar a falta de planejamento, reclamou do alto custo para se atender a todas as exigências para se exercer a atividade de transporte no Brasil: (Wellington Fagundes) O que a gente mais sente e carece no Brasil é exatamente um planejamento adequado. E planejamento de curto, médio e longo prazo. Nós temos outro problema também que é a questão das restrições ambientais. Nas obras hidroviárias chega-se a gastar 50% só nos custos de projetos e licenças ambientais. Esse é um grande problema, além das restrições orçamentária. Muitas dessas obras também deixam de existir no seu início ou fiquem inacabadas causando um prejuízo muito grande ao país. (Repórter) O diretor do ILB, Hélder Medeiros Rebouças, espera que esse encontro de governo, empresários e senadores possa permitir achar soluções para o gargalo logístico do Brasil.