Comissão sobre Mudanças Climáticas realiza debate sobre energia renováveis — Rádio Senado
Meio Ambiente

Comissão sobre Mudanças Climáticas realiza debate sobre energia renováveis

15/06/2016, 18h34 - ATUALIZADO EM 15/06/2016, 18h34
Duração de áudio: 02:20
Sala de comissões do Senado durante a  Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC) realiza audiência interativa debater potencial brasileiro em produção de energias renováveis não hidráulicas. Foram convidados, representantes do Greenpeace Brasil, da Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa e Energia Renovável e da Associação Brasileira das Empresas de Energia Eólica.





Foto: Roque Sá/Agência Senado
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO MISTA SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS REALIZOU NESTA QUARTA-FEIRA UMA AUDIÊNCA SOBRE ENERGIAS RENOVÁVEIS. LOC: OS PARTICIPANTES DEFENDERAM MAIS INVESTIMENTOS EM FONTES NÃO HIDRÁULICAS, COMO A ENERGIA SOLAR E A EÓLICA. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) O vice-presidente da comissão, senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, lembrou dos compromissos assumidos pelo Brasil durante a COP 21, em Paris, no ano passado. Para Cristovam, existem dois entraves para que o país alcance a meta de 45% de participação de energias renováveis em sua matriz até 2030. (Cristovam Buarque) “O primeiro é minimizar os custos, que ainda são mais caro do que por exemplo a hidrelétrica. O segundo é estimular a inovação porque nós estamos muito atrasados. Mesmo sendo o país com provavelmente mais possibilidade de energia solar, nós não somos pioneiros em tecnologia da energia solar, temos que buscar fora.” (Repórter) Cristovam também ressaltou que um projeto de autoria dele em análise na Comissão de Ciência e Tecnologia estabelece um percentual mínimo de investimento em energias alternativas por parte das empresas do setor elétrico. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Rodrigo Sauaia, a energia solar representa apenas zero vírgula zero dois por cento da matriz energética brasileira. A expectativa é que atinja 8% até 2030. A representante do Greenpeace Brasil, Bárbara Rubim, defendeu incentivos fiscais para aumentar a produção de energia solar, como a liberação do FGTS para a aquisição de sistemas fotovoltaicos. (Bárbara Rubim) “Essa renúncia fiscal que o Governo daria dando esse incentivo, corresponde a 0,00018% da receita da união em 2015. Ou seja, não é uma receita vultoso, o que está barrando esse avanço de acontecer é a vontade política.” (Repórter) Essas mudanças resultariam em um aumento de mais de 600% no número de imóveis com capacidade de produzir a sua própria energia até 2030. O diretor técnico da Associação Brasileira das Empresas de Energia Eólica, Sandro Yamamoto, disse que a produção do setor eólico em 2015 fez com que 645 milhões de reais deixassem de ser cobrados dos consumidores durante o racionamento. (Sandro Yamamoto) “Se não tivéssemos colocado aqueles 21 terawatt horas no sistema, Essa bandeira vermelha seria mais cara. Isso porque contribuímos apenas com 4% da geração.” (Repórter) A audiência foi interativa e contou com a participação dos cidadãos. PLS 696/2015

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