Dilma tem até quarta-feira para entregar defesa à Comissão do Impeachment
Transcrição
LOC: A PRESIDENTE AFASTADA DILMA ROUSSEFF TEM ATÉ ESTA QUARTA-FEIRA PARA ENTREGAR A DEFESA À COMISSÃO ESPECIAL DO IMPEACHMENT.
LOC: ALIADOS DA PETISTA VÃO TENTAR MAIS UMA VEZ SUSPENDER AS INVESTIGAÇÕES COM BASE NAS GRAVAÇÕES DO EX-PRESIDENTE DA TRANSPETRO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) Termina nesta quarta-feira o prazo para a presidente afastada Dilma Rousseff apresentar a defesa à Comissão Especial do Impeachment. O ex-advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo, que deverá entregar as novas alegações, pedirá laudos e a convocação de técnicos. Ele antecipou que não mudará a linha da defesa usada na primeira fase.
(José Eduardo Cardozo) A linha é a mesma, apenas que teremos a possibilidade de produzir provas, o que nós não tínhamos antes. Indicaremos todos os meios de provas que queremos produzir para que efetivamente possamos ter a demonstração cabal daquilo que é notório, que não há crime de responsabilidade contra a presidente.
(Repórter) Apesar de estar previsto o interrogatório de Dilma no dia 20 de junho, o relator, senador Antonio Anastasia do PSDB de Minas Gerais, explicou que ela não é obrigada a vir à Comissão.
(Antonio Anastasia) O interrogatório significa uma fase da defesa que pode ser pedida pela defesa, pela acusação ou por algum membro da comissão. Ela não é obrigada e poderá ser representada, se esse instrumento for utilizado, por seu advogado.
(Repórter) Segundo a senadora Gleisi Hoffmann do PT do Paraná, será pedida mais uma vez a suspensão do processo com base nas gravações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Ela citou que algumas conversas dele com políticos relacionam o impeachment de Dilma com a Operação Lava Jato.
(Gleisi Hoffmann) Temos gravações claras de que queriam o afastamento da presidenta Dilma para que o processo da Operação Lava Jato não continuasse. Prova o que estávamos dizendo que foi só uma desculpa o crime de responsabilidade atribuído à presidenta.
(Repórter) Mas o senador Álvaro Dias do PV do Paraná argumentou que as denúncias de Sérgio Machado não são objeto da Comissão.
(Alvaro Dias) Não há nenhum obstáculo aparente para que o processo de impeachment não tenha prosseguimento. Os fatos aludidos não dizem respeito ao processo de impeachment.
(Repórter) A Comissão Especial do Impeachment vota na quinta-feira o cronograma de trabalho, que prevê a apreciação do relatório final pelo Plenário do Senado no dia 2 de agosto.