Debate sobre impeachment começa com embate entre base e oposição por conta de pedidos de suspensão do processo — Rádio Senado
Votação do Impeachment

Debate sobre impeachment começa com embate entre base e oposição por conta de pedidos de suspensão do processo

11/05/2016, 13h50 - ATUALIZADO EM 11/05/2016, 13h50
Duração de áudio: 02:23
Plenário do Senado durante sessão deliberativa extraordinária.
Geraldo Magela / Agência Senado

Transcrição
LOC: O DEBATE SOBRE O IMPEACHMENT COMEÇOU COM UM EMBATE ENTRE A BASE DO GOVERNO E A OPOSIÇÃO POR CONTA DE PEDIDOS DE SUSPENSÃO E ANULAÇÃO DO PROCESSO. LOC: TODAS AS QUESTÕES DE ORDEM FORAM REJEITADAS E OS CINCO DOS 69 SENADORES QUE SE MANIFESTARAM SÃO A FAVOR DO AFASTAMENTO DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO TÉC: Quase metade do primeiro bloco de discussão do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff foi usado para responder a cinco questões de ordem da base do governo, pedindo a suspensão da votação, questionando a legitimidade dos autores da denúncia e do relator, Antonio Anastasia, do PSDB, e levantando aspectos formais para pedir a anulação do processo. A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, questionou ainda a acusação pelo conjunto da obra, e não pelas pedaladas fiscais. (Gleisi Hoffman) O discurso do conjunto da obra serve a uma farsa histórica. Nenhum outro presidente será medido pela mesma régua que a Presidenta Dilma está sendo medida neste momento. Peço a V. Exª que até deliberação pelo Supremo Tribunal Federal do mandado de segurança impetrado pela Presidente da República nós possamos interromper os trabalhos. (Repórter) Vários senadores, como Lasier Martins, do PDT do Rio Grande do Sul, reclamaram que as questões já foram respondidas mais de uma vez durante o debate na comissão especial do impeachment, e que estavam sendo usadas para antecipar a discussão de mérito. (Lasier Martins) Invocar nesta hora o relatório do Senador Anastasia é algo completamente fora de lugar. O relatório já foi votado. Questão de ordem é para pedir esclarecimento ou pra corrigir algum engano da Presidência dos trabalhos. Não é isso que está acontecendo. O que estamos nós vendo é a recapitulação dos argumentos que já foram passados e repassados, vencidos. (Repórter) O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, rejeitou todas as questões de ordem, com base em pareceres técnicos. A primeira oradora inscrita, a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, disse estar convencida de que há crime de responsabilidade nas pedaladas fiscais e na suplementação de créditos sem autorização do Congresso. E explicou o que isso significa no dia a dia dos brasileiros. (Ana Amélia) Isso é sentido a cada dia em que uma dona de casa vai a um mercado, a uma feira, a uma quitanda. É nessa hora que a população sabe o preço e o custo das tais pedaladas fiscais, do tal não respeito à Lei Orçamentária. É nessa hora que o povo sente na pele. Aquilo que ele está sentindo e pagando do seu próprio bolso, o seu desemprego, isso é causa e consequência das pedaladas fiscais. (Repórter) Os cinco senadores que se manifestaram, Ana Amélia, José Medeiros, Aloysio Nunes Ferreira, Marta Suplicy e Ataídes Oliveira, se declararam a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Da Rádio Senado, Roberto Fragoso.

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