Governo publica Lei de Créditos Extraordinários para cobrir as pedaladas fiscais

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LOC: O GOVERNO PUBLICOU ONTEM A LEI DE CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS PARA COBRIR AS CHAMADAS PEDALADAS FISCAIS. LOC: A OPOSIÇÃO RECLAMA QUE, ENQUANTO ISSO, A CRISE NA SAÚDE FICOU SEM OS RECURSOS QUE SERIAM NECESSÁRIOS PARA O SETOR. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) Setenta por cento do créditos extraordinários são para cobrir gastos conhecidos como “pedaladas fiscais”, cumprindo recomendações do Tribunal de Contas da União. Mais de 15 bilhões de reais vão para tapar o buraco dos juros subsidiados pelo BNDES. Outros 11 bilhões, para pagar as perdas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Apenas dois bilhões e meio são para a saúde, que enfrenta a crise da dengue, do zika vírus e do chikungunya. A desproporção gerou duras críticas de senadores oposicionistas. O senador Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, afirmou que os valores são incompatíveis com a gravidade das doenças que o país está enfrentando. (Cássio Cunha Lima) Os recursos aqui aportados não serão suficientes para o enfrentamento do tamanho da gravidade do problema que estamos enfrentando. O Brasil sempre teve problemas e deficiências no seu sistema público de saúde. Só que agora estamo-nos deparando com situações de calamidade completa. (Repórter) Para o senador José Medeiros, do PSD de Mato Grosso, a medida provisória convertida na lei publicada ontem é uma forma de disfarçar o estrago das pedaladas fiscais. (José Medeiros) Aqui nós temos um pedaço desse corpo das pedaladas, disfarçado no meio desta medida. (...) O que foi negado o tempo inteiro, acabamos de achar um pedaço do corpo. (Repórter) A lei dos créditos extraordinários teve origem na medida provisória número 702 de 2015, que o Senado aprovou no início do mês passado. MP 702/2015