Ministério terá que informar ao Senado detalhes dos estudos sobre a fosfoetanolamina — Rádio Senado
Ciência e Tecnologia

Ministério terá que informar ao Senado detalhes dos estudos sobre a fosfoetanolamina

O ministro de Ciência e Tecnologia terá que informar ao Senado as providências que vêm sendo tomadas para verificar se a substância fosfoetalonamina é eficaz ou não para o tratamento do câncer. O requerimento foi aprovado no Senado depois que especialistas recomendaram o aprofundamento dos estudos antes de qualquer conclusão. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB – SP) insiste que foi um erro o Senado ter aprovado o uso da fosfoetalonamina antes de terminarem os testes clínicos.

12/04/2016, 14h10 - ATUALIZADO EM 12/04/2016, 14h26
Duração de áudio: 02:01
Foto: Pedro França / Agência Senado

Transcrição
LOC: O MINISTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA TERÁ QUE INFORMAR AO SENADO AS PROVIDÊNCIAS QUE VÊM SENDO TOMADAS PARA VERIFICAR SE A SUBSTÂNCIA FOSFOETALONAMINA É EFICAZ OU NÃO PARA O TRATAMENTO DO CÂNCER. LOC: O REQUERIMENTO FOI APROVADO NO SENADO DEPOIS QUE ESPECIALISTAS RECOMENDARAM O APROFUNDAMENTO DOS ESTUDOS ANTES DE QUALQUER CONCLUSÃO. REPÓRTER FLORIANO FILHO. TÉC: O pedido de informação foi feito pelo presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, senador Lasier Martins, do PDT do Rio Grande do Sul. Como os estudos sobre a fosfoetanolamina, mais conhecida como a “pílula do câncer”, ainda estão na fase pré-clínica, ele quer mais detalhes sobre a participação das instituições vinculadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Pelo que havia sido informado, as análises estão sendo realizadas por três laboratórios ligados a universidades de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Ceará. Um grupo de trabalho do governo federal que acompanha os testes por enquanto descartou a toxidade da substância. O senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de São Paulo, insiste que foi um erro o Senado ter aprovado o uso da fosfoetalonamina antes de terminarem os testes clínicos. (sen Aloysio) Nesta matéria o Sanado cometeu um enorme equívoco. (...) Ao autorizar a liberação de algo (...) que nós não sabemos se é medicamento ou não. A tal ponto que o ministro da Ciência e Tecnologia afirmou que poderá ser liberada a utilização dessa substância ou dessa droga como suplemento alimentar. (REP) Lasier Martins reconheceu que a decisão do Senado foi emocional, influenciada pela esperança de cura para uma doença tão letal. Ele justificou a motivação que levou os senadores a aprovarem a substância antes de terminarem os testes clínicos. (LASIER) Na medida em que se trata de uma oferta de um produto que poderia (...) salvar pessoas doentes do câncer, e já que esse (...) alegado medicamento não faz mal, então que se permita que se use. (REP) O Senado aprovou a liberação da chamada “pílula do câncer” em março, antes do registro na Anvisa. Para virar lei, o projeto ainda precisa da sanção da presidente Dilma Rousseff. Da Rádio Senado, Floriano Filho. RCT 13/2016

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