Tombini admite que será difícil cumprir meta de 6,5% de inflação em 2016

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS RECEBEU NESTA TERÇA-FEIRA O PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, ALEXANDRE TOMBINI. LOC: TOMBINI ADMITIU QUE SERÁ DIFÍCIL CUMPRIR A META DE ATÉ SEIS E MEIO POR CENTO DE INFLAÇÃO NESTE ANO E REJEITOU A IDEIA DE UTILIZAR AS RESERVAS INTERNACIONAIS PARA ABATER A DÍVIDA. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. TÉC: Na última vez em que esteve na Comissão de Assuntos Econômicos, em setembro do ano passado, Alexandre Tombini afirmou que a inflação voltaria para a meta em 2016. Desta vez, o presidente do Banco Central admitiu que será difícil cumprir o teto da meta, seis e meio por cento, até o final do ano. Mas afirmou que a inflação já estaria desacelerando. O senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco, quis saber a opinião do ministro sobre a possibilidade de o Brasil utilizar parte das reservas internacionais para abater a dívida pública. (FERNANDO): A alegação é que o custo do carregamento das reservas supera 70 bilhões de reais por ano, e que essa medida de abater a dívida seria benéfica. Queria ouvir um comentário de vossa excelência sobre a utilização das reservas para abaixar a dívida pública. (REP): Tombini respondeu que o cenário atual, tanto interno quanto externo, ainda inspira cuidados e o melhor é manter as reservas internacionais preservadas. (TOMBINI): Utilização de reservas, há várias ideias de todo espectro possível. O momento é de resguardar esse nosso colchão de liquidez, esse nosso seguro. A situação internacional está complexa, nosso nível é relativamente moderado. (REP): Tombini também falou que é difícil pensar em redução da taxa de juros neste momento, com a inflação ainda além da meta. O presidente do Banco Central previu que no próximo ano a inflação estará dentro dos limites. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.