Congresso entrega o Diploma Bertha Lutz — Rádio Senado
Dia da Mulher

Congresso entrega o Diploma Bertha Lutz

08/03/2016, 14h26 - ATUALIZADO EM 08/03/2016, 18h23
Duração de áudio: 02:37
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O DIA INTERNACIONAL DA MULHER FOI LEMBRADO EM SESSÃO SOLENE DO CONGRESSO NACIONAL, DURANTE A QUAL FOI ENTREGUE O “DIPLOMA BERTHA LUTZ” A PERSONALIDADES QUE SE DESTACAM NA LUTA PELA IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES NO BRASIL. LOC: PELA PRIMEIRA VEZ, EM 15 ANOS, UM HOMEM RECEBEU O PRÊMIO. A REPORTAGEM É DE MARCELA DINIZ: (Repórter) Os homenageados na edição 2016 do Diploma Bertha Lutz foram a socióloga e ex-ministra da Secretaria de Políticas da Igualdade Racial, Luiza Helena de Bairros; a líder feminista Lúcia Regina Antony; a escritora Lya Luft; a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, primeira mulher a integrar e presidir o STF; e o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, primeiro homem a receber o prêmio, que está em sua 15ª edição. Em 2014, quando era presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro lançou a campanha “Mais Mulheres na Política”. Ao receber o prêmio no Senado, Marco Aurélio, defendeu que a religião não interfira nas decisões legislativas sobre direitos das mulheres: (Marco Aurélio) Como o direito à autodeterminação, à privacidade, à liberdade de orientação sexual e à liberdade no campo de reprodução. (Repórter) A presidente do Conselho do Diploma Bertha Lutz, senadora Simone Tebet, do PMDB de Mato Grosso do Sul, que também preside a Comissão Permanente que trata da Violência contra a Mulher, comentou as estatísticas que colocam o Brasil entre os países campeões em violência doméstica: (Simone Tebet) Uma em cada quatro mulheres no Brasil sofreu, sofre ou sofrerá algum tipo de violência sexual em sua vida. A Organização Mundial de Saúde, no último relatório, apresentou que uma em cada três mulheres no mundo é vítima de algum tipo de violência. (Repórter) A procuradora da Mulher no Senado, senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, falou da atualidade das bandeiras defendidas pela ex-deputada federal e líder feminista Bertha Lutz: (Vanessa Grazziotin) “A mulher é metade da população: a metade menos favorecida. Seu labor no lar é incessante e anônimo. Seu trabalho profissional é pobremente remunerado.” Esse foi o pronunciamento da deputada Bertha Lutz quando assumiu na Câmara dos Deputados no dia 28 de julho de 1936, mas, infelizmente, esse pronunciamento poderia ser o meu, porque ele vale para os dias de hoje. (Repórte) A ex-ministra do Supremo, Ellen Gracie, está no exterior e não pode comparecer à entrega do diploma Bertha Lutz. Também não puderam receber pessoalmente o prêmio, por motivo de saúde, a ex-ministra Luzia de Bairros, que foi representada por Eunice Léa de Morais; e a escritora Lya Luft, representada por Milton Cercena. O Diploma Bertha Lutz foi criado pelo Senado Federal em 2001 para reconhecer a luta de personalidades que atuam pela igualdade entre homens e mulheres. Da rádio Senado, Marcela Diniz. LOC: BERTHA LUTZ É RECONHECIDA INTERNACIONALMENTE COMO UMA IMPORTANTE LÍDER FEMINISTA BRASILEIRA. ENTRE SUAS BANDEIRAS DE LUTA, O VOTO FEMININO, A EMANCIPAÇÃO INTELECTUAL DA MULHER E O RESPEITO À JORNADA DE TRABALHO. LOC: BERTHA FOI DEPUTADA FEDERAL ENTRE 1936 E 1937 E REPRESENTOU O BRASIL EM VÁRIAS REUNIÕES DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE IGUALDADE ENTRE GÊNEROS, INCLUSIVE A QUE, EM 1975, MARCOU O INÍCIO DAS COMEMORAÇÕES, NA ONU, DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, EM 8 DE MARÇO. LOC: BERTHA LUTZ FALECEU NO ANO SEGUINTE, AOS 82 ANOS.

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