Senado aprova MP que permite a compra de instituições financeiras por bancos públicos — Rádio Senado
Plenário

Senado aprova MP que permite a compra de instituições financeiras por bancos públicos

02/03/2016, 21h52 - ATUALIZADO EM 02/03/2016, 21h52
Duração de áudio: 02:02
Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária.
Beto Barata/Agência Senado

Transcrição
LOC: POR QUARENTA E CINCO A VINTE UM, O PLENÁRIO DO SENADO APROVOU A MEDIDA PROVISÓRIA QUE PERMITE A COMPRA DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS POR BANCOS PÚBLICOS. LOC: O PROJETO TAMBÉM LIBERA UM NOVO TIPO DE RASPADINHA A SER OPERADA PELA CAIXA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) A medida provisória autoriza o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e suas subsidiárias a comprarem até o final de dezembro de 2018 a participação em instituições financeiras públicas ou privadas. Pela proposta, também fica autorizada a aquisição de empresas de seguro, capitalização, previdência e de tecnologia da informação. O relator, senador Acir Gurgacz do PDT de Rondônia, argumentou que a medida provisória permitirá uma atuação maior dos dois bancos públicos no mercado nesse momento de crise. (Acir Gurgacz) Queremos deixar o Banco do Brasil e a Caixa aptos a participarem do mercado assim como participam os bancos privados para terem a autonomia de interesse do Banco para fazerem negócios. (Repórter) O líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima da Paraíba, citou que o Tribunal de Contas da União investiga a compra do banco Panamericano pela Caixa em 2010 por cerca de R$ 740 milhões. Ele lembrou que o negócio, que teria tido a ingerência do ex-presidente Lula após reuniões com o empresário Sílvio Santos, foi questionado pelos prejuízos que eram conhecidos pelo mercado. Apesar de a oposição na Câmara ter incluído um artigo que permitirá que um negócio seja desfeito em casos de irregularidades preexistentes, Cássio Cunha Lima declarou que a MP é um socorro a bancos falidos. ( Cássio Cunha Lima ) Foi por determinação do governo que se comprou o Panamericano. Foi um péssimo negócio que nenhum outro banco privado nem o Banco do Brasil se interessou. É muito estranho que o governo venha agora tratar deste tema, que não tem relevância, não tem urgência, e que poderia muito bem ser tratado por projeto de lei. (Repórter) Cássio Cunha Lima também questionou a legalidade da medida provisória por tratar da ampliação da Lotex, uma espécie da raspadinha da Caixa, e por prorrogar o prazo da adesão de clubes de futebol ao programa de refinanciamento das dívidas, o PROFUT. A MP vai à sanção presidencial.

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